São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2004 |
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Coreano rejeita uso em reprodução
SALVADOR NOGUEIRA DA REPORTAGEM LOCAL O dilema das tecnologias duais -como no caso de lançadores de satélites e mísseis balísticos- ganhou uma nova e ameaçadora figura: a clonagem humana. E é isso o que lamenta Woo Suk Hwang, 50, líder do estudo sul-coreano que revelou ao mundo os primeiros embriões humanos clonados. "Eu sinto muito que a mesma técnica de fusão nuclear possa ser usada de tantas maneiras. Mas a nossa estratégia não é a de criar embriões clonados, mas células-tronco embrionárias clonadas, que podem ser usadas em pacientes sem nenhuma rejeição", disse ele, por telefone, à Folha. "Eu acho que a clonagem reprodutiva deveria ser banida no mundo todo", complementa. O pesquisador também enfatiza que os limites éticos serão respeitados em futuras experiências. Leia trechos da entrevista. Folha - Os srs. já têm planos para
experimentos subseqüentes?
Quais serão os próximos passos? Folha - Falando sobre preocupações éticas, um representante do
Vaticano comparou seus experimentos aos feitos pelos nazistas. O
que o sr. tem a dizer sobre isso? Folha - Considerando a natureza
desse avanço, os srs. não estão
preocupados? Afinal, o mesmo método poderia ser usado para clonagem reprodutiva. Folha - No estudo, os srs. são bastante conservadores, classificando
os resultados como "evidência" de
células-tronco clonadas, mas não
"certeza". Há dúvidas? |
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