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Anvisa avaliará pesquisa que condena diclofenaco
Situação da droga não muda ainda, diz agência
DA REDAÇÃO
A Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária) afirmou ontem que irá analisar as
evidências científicas de que os
antiinflamatórios comuns aumentam o risco de problemas
cardíacos antes de decidir se altera sua regulamentação.
Um estudo australiano publicado on-line ontem pelo periódico médico "Jama", da Associação Médica Americana,
afirma que o diclofenaco, princípio ativo dos antiinflamatórios Cataflam e Voltaren, aumenta em 40% as chances de
ataques cardíacos e morte súbita. O estudo revisou resultados
de 23 pesquisas, que no total
envolveram 1,6 milhão de pacientes -um número considerado "sem precedentes" em
análises do gênero.
Seus autores, da Universidade de Newcastle, dizem que a
análise traz bases para rever o
status regulatório do diclofenaco. No entanto, a FDA, agência
do governo dos EUA que regulamenta drogas e alimentos,
disse que não vai pedir a retirada da droga do mercado, nem
alterar sua regulamentação.
A Anvisa, segundo informou
ontem sua assessoria de comunicação, seguirá a mesma linha.
O órgão deve analisar a pesquisa australiana e outras existentes sobre os riscos dos antiinflamatórios antes de decidir sobre regulamentação da droga.
Fabricante contesta dados
A Novartis, empresa que fabrica o Cataflam e o Voltaren,
disse que o estudo no "Jama" é
inconclusivo e "não fornece
evidência que justifique a interrupção do tratamento com diclofenaco". A empresa afirmou
em uma nota que a meta-análise australiana "não considerou
outras causas de elevação do
risco cardiovascular", como tabagismo, hipertensão e colesterol elevado.
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