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Bioma tem mais de 150 reservas particulares
DA ENVIADA A CAVALCANTE
Com 8.900 hectares, a reserva da serra do Tombador,
localizada no interior de
Goiás, é a maior RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) do Estado e
quarta maior do Cerrado.
Esse tipo de reserva,que é
criada voluntariamente pelo
proprietário do terreno, foi
regulamentada em 1990.
Uma vez criada, a reserva
só pode ter projetos ligados à
pesquisa científica, turismo e
algumas poucas atividades
de baixo impacto ambiental.
Embora sejam relativamente comuns no cerrado-
existiam, até janeiro de 2009,
152 reservas privadas, protegendo 121 mil hectares- as
RPPN são pouco conhecidas
do grande público.
A inclusão na categoria
não anula o direito de propriedade, mas obriga o fazendeiro a cumprir obrigações, como a criação de um
plano de manejo.
Como contrapartida, não
paga o ITBR (imposto territorial rural), além de ter prioridade na análise de projetos
encaminhados ao Fundo Nacional de Meio Ambiente.
"No papel, esses incentivos parecem muito bons. Na
prática, ainda são insuficientes. Os custos de manutenção são bastante elevados, e
o incentivos econômicos,
baixos", diz Maísa Gapyassú,
da Fundação Boticário, que
mantém a reserva.
Declarada RPPN em 2009,
a reserva do Tombador é
mantida como se fosse um
parque nacional.
Estudos preliminares na
reserva já identificaram 435
espécies de plantas, algumas
ameaçadas, como a peroba-rosa e o angico-verde.
A quantidade de animais
registrados também é expressiva: 47% dos mamíferos
de médio e grande porte do
cerrado são encontrados lá.
Quase a metade deles está
classificada como ameaçada
de extinção.
"Nosso cerrado é a savana
mais rica em biodiversidade
do mundo. Por isso, as reservas privadas têm um grande
papel na conservação", diz
Guapyassú. (GM)
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