São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997.



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SAIBA

Técnica do carbono-14
O carbono é um dos elementos químicos mais importantes na composição dos organismos. Todos os seres vivos absorvem constantemente uma forma instável desse carbono, o carbono-14, que tem uma "meia-vida" de cerca de 5.730 anos (meia-vida é o tempo necessário para reduzir pela metade, através de desintegração, a massa de uma amostra desse elemento radioativo). Depois que morre, o organismo deixa de receber carbono-14. Esse ser, agora um fóssil, vai perdendo seu carbono-14 pela desintegração (ou "decaimento"). Para medir o que restou de C-14 é preciso queimar um pedaço do fóssil, transformando-o em gás, que é analisado por detectores de radiação. O C-14, ao se desintegrar, emite elétrons que podem ser captados pelos detectores. O índice de C-14 é comparado com o carbono não radioativo, o C-12, para se checar quanto do carbono radioativo decaiu, e com isso determinar a data na qual o organismo morreu (isto é, deixou de absorver C-14; o ritmo do decaimento indica a idade). Uma variante mais moderna da técnica é a AMS (sigla em inglês para espectrometria de massa por acelerador), que também mede a proporção na amostra do carbono 14. Sua vantagem é poder fazer a medição diretamente, sem que seja necessário queimar uma parte razoável da amostra para fazer o teste. A datação por esse método é especialmente valiosa para materiais orgânicos. A datação por carbono-14 foi criada em 1947 nos EUA.



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