São Paulo, terça-feira, 16 de março de 2004

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FLORESTA

Verba do Meio Ambiente para ação é de R$ 394 mi

MMA anuncia "maior investida" antidesmatamento na Amazônia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao apresentar um balanço do grupo permanente de trabalho interministerial sobre o desmatamento da Amazônia, criado por decreto de julho de 2003, o governo federal anunciou ontem o início do que chamou da "maior investida" já realizada no país para combater a retirada ilegal de madeira da região Norte do país. Em 2004, o orçamento anunciado para tais ações é de R$ 394 milhões.
A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, teve a presença, além de ministros, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo, a partir de agora, é colocar em prática o Plano de Ação de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal.
O novo trabalho, segundo a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), terá a participação de 12 órgãos federais, "em atividades de fiscalização e licenciamento ambiental, instrumentos de crédito rural, ordenamento territorial e planejamento estratégico para obras de infra-estrutura".
"Pela primeira vez no Brasil temos a ação direta de um governo federal nessa questão. O problema da Amazônia e de seu desmatamento foi trazido para dentro do governo", disse a ministra em discurso.
Segundo o governo federal, uma ação conjunta dos ministérios servirá como um reforço dos trabalho do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na Amazônia. Segundo o governo, 15,7% (631 mil km2) da Amazônia já foi desmatada.
Um exemplo será o uso de helicópteros por meio do Ministério da Defesa. Outro ponto enaltecido por Marina Silva será o fornecimento de imagens de satélite em tempo real, obtidas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) -o que permitirá a identificação mais rápida dos focos de desmatamento.
O monitoramento e o controle em relação ao desmatamento, segundo o governo federal e o MMA, será a principal "inovação". Tudo será feito por meio da implantação de um sistema integrado, no qual o desmatamento será detectado em tempo real por meio de imagens de satélite.
Haverá, nesse ponto, uma parceria do governo federal com os estaduais. Atenção especial será dada à área que margeia a BR-163 (Cuiabá-Santarém), na região da expansão da soja.


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