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Seminário reivindica mais cursos noturnos
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A RECIFE
O ensino superior brasileiro seria menos elitista se as universidades públicas oferecessem mais cursos noturnos. É o que mostrou ontem pesquisa da UFMG, apresentada pelo professor Mauro Mendes Braga no seminário Políticas Afirmativas em Educação, na 55ª Reunião Anual da SBPC.
Braga e outros três professores da universidade analisaram o perfil socioeconômico dos alunos de cursos noturnos da UFMG e compararam as notas de entrada (no vestibular) e de saída (no provão) desses estudantes.
O estudo mostra que, apesar de terem um perfil socioeconômico mais carente, os estudantes dos cursos noturnos da UFMG tinham praticamente o mesmo desempenho acadêmico e no provão do que os alunos do mesmo curso diurno, de maior renda.
Hoje, só 24,6% das matrículas em universidades federais são noturnas, segundo o Censo do Ensino Superior do MEC. Na rede privada, essa porcentagem é 66,6%. "Há uma enorme resistência a oferecer cursos à noite nas universidades públicas porque isso significa que os professores terão de trabalhar à noite", diz Braga.
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