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AMBIENTE
Maggi veta projeto que reduz a área do parque Cristalino
DA REPORTAGEM LOCAL
Os ambientalistas do Estado de Mato Grosso ganharam a primeira batalha. Na
noite de anteontem, o governador Blairo Maggi vetou o
projeto feito pela Assembléia
Legislativa que diminui as
dimensões dos parques Cristalino 1 e 2, dois dos grandes
redutos da biodiversidade da
região amazônica.
Agora, o substitutivo volta
para o Legislativo, que terá
apenas dois dias, antes do recesso, para apreciar o veto do
governador. Caso isso não
ocorra, a definição ocorrerá
apenas em 2007.
O texto dos deputados,
apesar de aprovar a unificação dos dois parques situados no norte do Estado, diminui a área total da nova
unidade de conservação em
25 mil hectares, aproximadamente, em relação ao projeto original. Esse primeiro
mapa foi feito com base em
estudos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, contrária à redução da área.
Na justificativa do veto,
Maggi disse que o projeto
"regulariza o esbulho possessório em terras públicas",
porque as áreas invadidas
depois das criações dos parques, em 1999, ficaram de fora do novo traçado proposto.
Portanto, na prática, elas seriam regularizadas. Para o
governador, a outra explicação para a criação do substitutivo, de que a área de preservação não será diminuída,
também não procede.
Apesar do veto, o movimento ambientalista de Mato Grosso continuará com a
sua campanha. Na semana
passada, por causa dessa iniciativa, 800 cartas foram enviadas ao governador, além
de um abaixo-assinado com
1.500 nomes.
O novo texto conta com o
apoio de Silval Barbosa
(PMDB), presidente da Casa
e vice-governador eleito de
Maggi. "O texto faz apenas
algumas correções na área
do parque", diz.
Conhecido como "estuprador da floresta", o sojicultor Maggi tem se esforçado
para demonstrar preocupação com o ambiente desde
2005.
(EG)
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