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SAÚDE
Infecção espalhada por passageiros de vôos internacionais já contaminou cerca de 150 e matou nove em seis países
Pneumonia misteriosa põe OMS e viajantes em alerta
DA REDAÇÃO
Autoridades de saúde alertaram ontem passageiros de linhas
aéreas a tomar cuidado com uma
misteriosa doença respiratória
que já matou nove pessoas, infectou cerca de 150 e provocou um
aviso de emergência da OMS (Organização Mundial da Saúde) no
final de semana.
A infecção, que vem sendo espalhada por viajantes em vôos intercontinentais, começa com sintomas semelhantes aos de uma
gripe e evolui rapidamente para
uma pneumonia grave.
Ao longo dos últimos dias, casos
da doença têm sido relatados em
Hong Kong, no Vietnã, nas Filipinas, em Cingapura e na Tailândia.
No Canadá, quatro membros de
uma mesma família adoeceram e
dois morreram. Uma mulher que
teve contato com os doentes também adoeceu.
Um médico de Cingapura e sua
sogra, que viajavam de Nova York
para a Alemanha, estão internados em Frankfurt com sintomas.
Segundo a OMS, a doença, que
está sendo chamada de síndrome
respiratória aguda grave, foi reconhecida pela primeira vez no dia
26 de fevereiro, em Hanói (Vietnã). A organização desconfia que
ela possa estar relacionada a uma
epidemia de pneumonia ocorrida
em novembro na província de
Guangdong, na China, que atingiu 305 pessoas e matou cinco.
"A síndrome agora é uma
ameaça mundial à saúde. O mundo precisa agora trabalhar junto
para achar sua causa, curar os
doentes e impedir seu espalhamento", afirmou num comunicado a diretora geral da OMS, Gro
Harlem Brundtland.
Segundo um porta-voz da OMS,
as pessoas em maior risco são as
que viajaram para os países afetados ou tiveram contato próximo
com doentes.
"As pessoas não estão respondendo a antibióticos ou antivirais.
A doença é altamente contagiosa
e está se espalhando a jato. Isso é
ruim", afirmou o porta-voz. Apesar disso, a OMS ainda não está
recomendando restrições de itinerário a viajantes.
Especialistas dizem que é pouco
provável que a epidemia seja resultado de um ataque bioterrorista, mas não descartam a hipótese.
"Vamos manter a mente aberta",
disse uma médica do Centro de
Controle e Prevenção de Doenças
dos Estados Unidos.
Com Reuters e "The Independent"
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