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São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 2003

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SAÚDE

Infecção espalhada por passageiros de vôos internacionais já contaminou cerca de 150 e matou nove em seis países

Pneumonia misteriosa põe OMS e viajantes em alerta

DA REDAÇÃO

Autoridades de saúde alertaram ontem passageiros de linhas aéreas a tomar cuidado com uma misteriosa doença respiratória que já matou nove pessoas, infectou cerca de 150 e provocou um aviso de emergência da OMS (Organização Mundial da Saúde) no final de semana.
A infecção, que vem sendo espalhada por viajantes em vôos intercontinentais, começa com sintomas semelhantes aos de uma gripe e evolui rapidamente para uma pneumonia grave.
Ao longo dos últimos dias, casos da doença têm sido relatados em Hong Kong, no Vietnã, nas Filipinas, em Cingapura e na Tailândia. No Canadá, quatro membros de uma mesma família adoeceram e dois morreram. Uma mulher que teve contato com os doentes também adoeceu.
Um médico de Cingapura e sua sogra, que viajavam de Nova York para a Alemanha, estão internados em Frankfurt com sintomas.
Segundo a OMS, a doença, que está sendo chamada de síndrome respiratória aguda grave, foi reconhecida pela primeira vez no dia 26 de fevereiro, em Hanói (Vietnã). A organização desconfia que ela possa estar relacionada a uma epidemia de pneumonia ocorrida em novembro na província de Guangdong, na China, que atingiu 305 pessoas e matou cinco.
"A síndrome agora é uma ameaça mundial à saúde. O mundo precisa agora trabalhar junto para achar sua causa, curar os doentes e impedir seu espalhamento", afirmou num comunicado a diretora geral da OMS, Gro Harlem Brundtland.
Segundo um porta-voz da OMS, as pessoas em maior risco são as que viajaram para os países afetados ou tiveram contato próximo com doentes.
"As pessoas não estão respondendo a antibióticos ou antivirais. A doença é altamente contagiosa e está se espalhando a jato. Isso é ruim", afirmou o porta-voz. Apesar disso, a OMS ainda não está recomendando restrições de itinerário a viajantes.
Especialistas dizem que é pouco provável que a epidemia seja resultado de um ataque bioterrorista, mas não descartam a hipótese. "Vamos manter a mente aberta", disse uma médica do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.


Com Reuters e "The Independent"


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