São Paulo, sábado, 17 de outubro de 2009

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"Não existe plano B", afirma negociador brasileiro do clima

Claudio Angelo - 9.out.09/Folha Imagem
Figueiredo discursa durante reunião do clima de Bancoc


LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O negociador-chefe de clima do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, disse ontem que será "ambiciosa" a proposta que o país levará à reunião do clima, em Copenhague. O evento ocorre em dezembro.
Ele, contudo, não detalhou como estão as discussões dentro do governo. Também preferiu não falar sobre outras opções em caso de fracasso nas negociações em Copenhague.
"Não quero falar em plano B. Para o Brasil só existe o plano A, que é ter um resultado robusto em Copenhague e que todo mundo esteja pronto a se comprometer", afirmou.
Figueiredo avaliou que hoje um dos principais "nós" é o financiamento de ações nos países em desenvolvimento.
A proposta do G77 (grupo que reúne os países em desenvolvimento, inclusive Brasil e China) prevê que o financiamento das ações ocorra por meio de um fundo, com recursos ao redor de US$ 400 bilhões ao ano. O montante sairia dos países ricos (0,5% a 1% do PIB).
"Para vários países em desenvolvimento é preciso haver disponibilidade e acesso facilitado a esses fundos, especialmente na área de adaptação de impactos já visíveis da mudança do clima", disse Figueiredo.
A proposta do G77 prevê a criação de um fundo com várias "janelas" (adaptação, mitigação, tecnologia etc).
Mesmo sem falar em "plano B" para Copenhague, Figueiredo disse que a meta de reduzir o desmate na Amazônia até 2020 será mantida. "Isso faz parte do plano nacional."


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