São Paulo, Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 1999
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A EVOLUÇÃO
Bebê de proveta surgiu em 78

da Redação

Em 1975, cientistas do Reino Unido começaram a tentar a fertilização "in vitro" (FIV). Mas os embriões não iam além da décima semana de desenvolvimento.
Em 1978, foi anunciada a primeira gestação completa a partir de um óvulo fecundado artificialmente. Em 25 de julho desse ano, nasceu a britânica Louise Brown.
Desde então, processos para auxiliar a reprodução in vitro vêm se desenvolvendo.
Em 1983, começou a ser aplicada a ultra-sonografia transvaginal -usada em diagnósticos- para aspirar óvulos pela vagina, sem perfurar o corpo da mulher.
Em 1991, foi obtida a ruptura assistida de embriões ("hatching"), que consiste em induzir a ruptura da membrana externa do embrião com uma solução ácida.
A ruptura é necessária à fixação do embrião no útero. Quatro anos depois, a indução começou a ser feita também com raio laser.
A necessidade de usar sêmen de doadores para a fertilização foi eliminada, em boa parte dos casos, em 1995.
Nesse ano, com a Icsi (injeção intracitoplasmática de espermatozóide), o belga André van Steiterghem introduziu espermatozóides defeituosos, ou em baixa concentração no sêmen, no núcleo de óvulos. Para muitos casais, isso tornou possível ter um filho com as características genéticas do pai.
Os métodos desenvolvidos mais recentemente são considerados ainda experimentais.
A biopsia de embrião é pesquisada desde 1996 para analisar material genético e detectar anomalias, permitindo a seleção dos embriões saudáveis.
A partir de 1997, começaram a ser estudados transplantes celulares, nos quais o material celular de óvulos com problemas é substituído por material saudável de óvulos doadores.
A maturação in vitro, aplicada agora em células-tronco, já foi usada em espermatozóides prematuros, ou espermátides. A fecundação de um óvulo por uma espermátide amadurecida in vitro já foi obtida também no Brasil, em meados de 1998.


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