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MINERAÇÃO NA CALHA NORTE
De olho em parque, empresa promete 1.900 empregos
DA AGÊNCIA FOLHA
O diretor da Rio Tinto Desenvolvimento de Minerais,
Marcos Diógenes, disse que a
empresa não quer reduzir o
tamanho da EE (Estação
Ecológica) Grão-Pará, maior
reserva de floresta tropical
do mundo, mas discutir uma
alternativa que permita a exploração de bauxita dentro
de seus limites.
A Folha publicou na última quinta-feira que a mineradora quer que o governo
estadual corte 500 mil hectares da EE. Na ocasião, a
empresa foi procurada mas
não atendeu à reportagem.
Uma das propostas da empresa é transformar parte da
área da EE numa floresta estadual -onde a legislação
permite a exploração- e elevar uma outra área à condição de proteção integral.
A Rio Tinto possui um título para prospecção mineral numa área que ficou dentro da área da estação ecológica, criada no final do ano
passado pelo então governador Simão Jatene (PSDB).
Segundo Diógenes, 90% do
potencial para exploração de
bauxita está dentro da EE.
Segundo Diógenes, estudos preliminares indicam a
existência de uma reserva de
4 bilhões de toneladas de
bauxita. De acordo com a
empresa, a exploração do
minério representaria um
investimento de cerca de
US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 4,18 bilhões -o
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por
exemplo tem uma previsão
de investimento de R$ 503,9
milhões em quatro anos) e
geraria 1.900 empregos.
O projeto prevê a construção de um minerioduto de
250 km, um porto no rio
Amazonas e uma usina para
a produção de alumínio.
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