São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

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MINERAÇÃO NA CALHA NORTE

De olho em parque, empresa promete 1.900 empregos

DA AGÊNCIA FOLHA

O diretor da Rio Tinto Desenvolvimento de Minerais, Marcos Diógenes, disse que a empresa não quer reduzir o tamanho da EE (Estação Ecológica) Grão-Pará, maior reserva de floresta tropical do mundo, mas discutir uma alternativa que permita a exploração de bauxita dentro de seus limites.
A Folha publicou na última quinta-feira que a mineradora quer que o governo estadual corte 500 mil hectares da EE. Na ocasião, a empresa foi procurada mas não atendeu à reportagem.
Uma das propostas da empresa é transformar parte da área da EE numa floresta estadual -onde a legislação permite a exploração- e elevar uma outra área à condição de proteção integral.
A Rio Tinto possui um título para prospecção mineral numa área que ficou dentro da área da estação ecológica, criada no final do ano passado pelo então governador Simão Jatene (PSDB). Segundo Diógenes, 90% do potencial para exploração de bauxita está dentro da EE.
Segundo Diógenes, estudos preliminares indicam a existência de uma reserva de 4 bilhões de toneladas de bauxita. De acordo com a empresa, a exploração do minério representaria um investimento de cerca de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 4,18 bilhões -o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo tem uma previsão de investimento de R$ 503,9 milhões em quatro anos) e geraria 1.900 empregos.
O projeto prevê a construção de um minerioduto de 250 km, um porto no rio Amazonas e uma usina para a produção de alumínio.


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