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Califórnia perde ação contra fábrica de carros
DA ASSOCIATED PRESS
As seis maiores indústrias
automobilísticas do mundo
não são culpadas, nem em parte, pelo aquecimento global.
Pelo menos segundo o entendimento da Justiça Federal dos
Estados Unidos.
Na segunda-feira, saiu a decisão de uma ação movida pelo
Governo do Estado da Califórnia, que pretendia receber uma
multa das montadoras pelo fato
de elas terem contribuído muito para o aumento do efeito estufa e, conseqüentemente, para
o aquecimento global.
"É impossível determinar a
real extensão da atividade das
fábricas de automóvel sobre o
aquecimento global, ainda mais
dentro da Califórnia", disse
Martin Jenkins, o juiz responsável pelo despacho.
De acordo com o Poder Judiciário dos Estados Unidos, outros setores industriais e até
mesmo causas naturais são responsáveis pelo aquecimento
global. A indenização pedida
pelo governo californiano chegava a milhões de dólares.
Para o representante das
montadoras (Chrysler, Ford,
GM, Honda, Nissan e Toyota),
Ted Boutros, o problema do
impacto do setor automobilístico no aquecimento é muito
mais uma questão de políticas
públicas do que de Justiça.
"É algo muito complicado. O
que a corte disse, e nós concordamos, é que isso deve ser deixado para os legisladores, que
precisam determinar uma polícia nacional para isso", comentou o advogado.
O governo da Califórnia, que
vem fazendo uma verdadeira
cruzada ambiental nos últimos
anos, apesar da derrota na Justiça agora contra as montadoras, tem alguns outros motivos
para comemorar.
Recentemente, por exemplo,
foi fechado um acordo com
uma das gigantes produtoras
de petróleo, a Conoco. Ela terá
de investir US$ 10 milhões em
medidas de redução das suas
emissões de carbono.
A Califórnia também tem
pressionado agências ambientais de outros Estados americanos a levar em conta a questão
ambiental em seus novos planos de desenvolvimento.
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