DA AGÊNCIA FOLHA

Oito pessoas foram presas ontem no Pará acusadas de integrar um esquema criminoso para a retirada de madeira da floresta. Entre os detidos estão dois madeireiros, um empresário do ramo de navegação e dois policiais militares do estado.
Os PMs são acusados de providenciar escolta para balsas carregadas com madeira ilegal. Dois outros suspeitos que tiveram a prisão decretada não foram localizados até o início da noite.
A PF também cumpriu outros 23 mandados de busca e apreensão no Pará -em Belém, Ananindeua, Manju, Paragominas, Monte Alegre e Santarém. No Maranhão, foi feita uma operação no município de Imperatriz.
As prisões temporárias foram decretadas pela Justiça Federal em Santarém (PA). Cerca de cem agentes da PF participaram da ação.
A operação Renascer foi resultado de denúncias feitas por um grupo de moradores do povoado de Santa Maria do Uruará, no município de Prainha, no oeste do Pará.
Em novembro passado, os ribeirinhos já haviam impedido a saída de balsas carregadas com toras de madeira. Segundo eles, o material havia sido retirado ilegalmente da floresta.
A partir da ação dos moradores, o Ministério Público Federal e o Ibama articularam um ação de fiscalização na região, que resultou na operação da Polícia Federal.

"Bico" criminoso
Também foram moradores que denunciaram em novembro que policiais militares faziam a segurança dos madeireiros. O caso foi denunciado pelo Ministério Público Federal com base em fotografias que mostram PMs escoltando balsas carregadas com toras de madeira e fotos de policiais à paisana dentro de embarcações que pertencem a madeireiros.
Os policiais foram afastados de seus cargos e responderão à processo disciplinar.


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