São Paulo, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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Mulher escolhe família no lugar de trabalho

DE SÃO PAULO

Para os autores do estudo da PNAS, as mulheres, diferentemente dos homens, são mais propensas a fazerem escolhas pessoais em detrimento do trabalho (como cuidar dos filhos ou pais).
Assim, elas tenderiam a "preferir" cargos menores ou posições em que, por exemplo, pudessem trabalhar durante meio período.
Isso as impediria de progredir para os níveis mais altos das ciências. Resta saber se as "escolhas pessoais" são causa ou consequência do processo de discriminação.
Os autores sugerem que as instituições deveriam estar sensíveis à discriminação para tentar promover uma melhor equidade de gênero na atividade científica.
Isso já tem acontecido em países campeões no quesito "igualdade de gênero", e que também têm estimulado a maternidade, como a Suécia e a Dinamarca.
Em congressos científicos nesses países, é comum haver espaços para os filhos dos cientistas- sejam eles mulheres ou homens.
A questão da discriminação na ciência contra mulheres já tinha sido levantado com fervor em 1997, num artigo da "Nature", chamado "Nepotismo e sexismo na revisão por pares [tipo revisão de artigos científicos anterior à sua publicação]".
Na época, os autores Christine Wennerus e Agnes Wold, da Universidade de Göteborg, Suécia, já afirmavam que as mulheres com alta titulação não assumiam cargos de chefia porque sofriam discriminação. (SR)


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