|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cientista concluiu mestrado aos 63 anos e doutorado aos 68
DA REPORTAGEM LOCAL
Alessandro Barghini é conhecido por seus colegas como
um competente técnico, especialista em planejamento energético. Mas o italiano de forte
sotaque, na verdade, graduou-se em ciência política.
Depois de se diplomar na
Universidade de Roma em
1964, Barghini começou a trabalhar no setor energético.
"Era preciso ganhar a vida",
disse ele à Folha no Instituto
de Eletrotécnica e Energia da
USP, onde é consultor.
O trabalho o levou a diversos
lugares do mundo para planejamento de eletrificação e acabou por afastá-lo da vida acadêmica. Ironicamente, foi motivado por observações em suas
viagens que ele decidiu voltar a
fazer pesquisa.
"Quando eu resolvi voltar à
escola, já estava com 60 anos",
conta o pesquisador, que concluiu o mestrado em 2003 com
o bioantropólogo Walter Neves, da USP. Sua dissertação foi
sobre antropologia física e origem da agricultura.
Esse não era, porém, o assunto que o motivara a voltar à
academia. Barghini queria mapear o impacto cultural e sanitário da iluminação artificial
em comunidades remotas e colocar em bases científicas aquilo que observara durante toda a
sua vida profissional.
"Quando resolvi fazer o doutorado [em 2004], me senti suficientemente preparado para
entrar na área médica", conta.
Após publicar o estudo sobre
mosquitos da malária, Barghini
conduziu uma pesquisa de fôlego coletando várias espécies
de inseto e concluiu sua tese de
doutorado sobre a influência
da luz artificial na vida silvestre, aos 68 anos.
(RG)
Texto Anterior: Eletrificação rural espalha endemias, diz pesquisador Próximo Texto: Física: Britânico Stephen Hawking é hospitalizado às pressas Índice
|