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Ativistas brasileiros são
presos no Caribe em ação
contra a caça de baleias
Dang Ngo/Greenpeace
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Policial de São Cristóvão e Névis vigia ambientalistas detidos em praia de Frigate Bay |
DA REDAÇÃO
Dez ativistas da ONG
Greenpeace, quatro deles
brasileiros, foram indiciados
ontem em São Cristóvão e
Névis, no Caribe, por violação
das leis de imigração do país.
Eles haviam sido presos durante um protesto contra a
caça à baleia numa praia em
frente ao hotel onde acontecia a 58ª Reunião Anual da
Comissão Internacional da
Baleia, encerrada anteontem.
Os brasileiros Ana Paula
Maciel, Bárbara Vitória, Joslei Leffa e Verônica Lameck
integravam a tripulação do
navio Arctic Sunrise, do
Greenpeace, que havia partido de Santarém (Pará) para
São Cristóvão e Névis. O governo da federação caribenha, que é favorável à caça comercial de baleias, havia negado ao navio permissão para
fundear em São Cristóvão.
Mesmo assim, os ambientalistas desembarcaram na
ilha no último dia da reunião
da CIB, com o intuito de chamar a atenção do mundo para
o número de baleias mortas
pelo chamado programa de
caça científica do Japão -criticado por ambientalistas e
por países do bloco contrário
à caça, como o Brasil.
Eles tentaram montar um
"cemitério" com 863 caudas
de baleia de papelão -simbolizando o número de cetáceos
mortos pelos japoneses-
com a inscrição "RIP" (acrônimo para "descanse em paz",
em latim) quando foram interrompidos pela polícia.
Além dos brasileiros, foram
detidos ativistas de Portugal,
México, EUA, Escócia, Argentina e Alemanha.
Segundo a porta-voz do
Greenpeace no local, Suzette
Jackson, os brasileiros deveriam pagar uma multa (de valor ignorado) e sair da cadeia
ainda na noite de ontem. Até
o fechamento desta edição,
eles continuavam presos e incomunicáveis.
Membros da delegação brasileira na reunião da CIB se
disseram "preocupados" porque a Justiça de São Cristóvão e Névis não permitiu que
se acompanhasse a audiência
de ontem de manhã.
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