São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2006

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Ativistas brasileiros são presos no Caribe em ação contra a caça de baleias

Dang Ngo/Greenpeace
Policial de São Cristóvão e Névis vigia ambientalistas detidos em praia de Frigate Bay


DA REDAÇÃO

Dez ativistas da ONG Greenpeace, quatro deles brasileiros, foram indiciados ontem em São Cristóvão e Névis, no Caribe, por violação das leis de imigração do país. Eles haviam sido presos durante um protesto contra a caça à baleia numa praia em frente ao hotel onde acontecia a 58ª Reunião Anual da Comissão Internacional da Baleia, encerrada anteontem.
Os brasileiros Ana Paula Maciel, Bárbara Vitória, Joslei Leffa e Verônica Lameck integravam a tripulação do navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, que havia partido de Santarém (Pará) para São Cristóvão e Névis. O governo da federação caribenha, que é favorável à caça comercial de baleias, havia negado ao navio permissão para fundear em São Cristóvão.
Mesmo assim, os ambientalistas desembarcaram na ilha no último dia da reunião da CIB, com o intuito de chamar a atenção do mundo para o número de baleias mortas pelo chamado programa de caça científica do Japão -criticado por ambientalistas e por países do bloco contrário à caça, como o Brasil.
Eles tentaram montar um "cemitério" com 863 caudas de baleia de papelão -simbolizando o número de cetáceos mortos pelos japoneses- com a inscrição "RIP" (acrônimo para "descanse em paz", em latim) quando foram interrompidos pela polícia. Além dos brasileiros, foram detidos ativistas de Portugal, México, EUA, Escócia, Argentina e Alemanha.
Segundo a porta-voz do Greenpeace no local, Suzette Jackson, os brasileiros deveriam pagar uma multa (de valor ignorado) e sair da cadeia ainda na noite de ontem. Até o fechamento desta edição, eles continuavam presos e incomunicáveis.
Membros da delegação brasileira na reunião da CIB se disseram "preocupados" porque a Justiça de São Cristóvão e Névis não permitiu que se acompanhasse a audiência de ontem de manhã.


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