|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Falta de comprovação científica não desanima interessados
DE SÃO PAULO
Tetraplégica há seis anos,
a ex-modelo pernambucana
Yoko Sugimoto, 26, acaba de
voltar da China, onde se submeteu a um tratamento com
injeções de células-tronco.
"Acho que valeu muito a
pena. Agora consigo fazer alguns pequenos movimentos
com o pulso que antes eram
impossíveis. Também sinto
mais equilíbrio no corpo."
Para pagar a terapia e os
custos da viagem, estimados
em R$ 100 mil, amigos criaram um blog (www.yokonachina.com.br) com sua história. Em sete meses no ar, a
quantia foi arrecadada.
A jovem conta com a assessoria de uma jornalista e
de um publicitário e apareceu em vários jornais e canais de televisão, incluindo
em um telejornal local da Rede Globo no Nordeste .
Agora, ela vai iniciar uma
nova campanha para custear
a segunda fase do tratamento, também na China.
Sugimoto afirma que estudou o tema a fundo e estava
consciente dos riscos.
O neurocirurgião Alberto
Bortman, pai da estudante
Daniela, 27, tetraplégica desde 2006, diz o mesmo.
Acostumado a tratar pacientes com lesões semelhantes às da filha, o médico
se viu "sem alternativas"
quando a jovem ficou paralisada após um acidente.
"Como médico, eu sabia
que as chances de dar certo
eram muito pequenas, mas
qualquer coisa que me falavam eu tentava. Sou de origem judaica, mas frequentei
vários centros espíritas."
Em 2008, eles embarcaram para China para fazer
um tratamento em uma das
clínicas mais movimentadas
do país. Em seu site, o local
diz ter atendido pacientes de
mais de 80 nacionalidades.
"Ela [Daniela] teve alguma
melhora, mas foi pequena.
Um movimento no pulso que
antes não era capaz de fazer.
Não sei se foi por causa da cirurgia, mas aconteceu logo
depois", disse o pai.
A geneticista Lygia Pereira
afirma que a melhora não
significa que as células-tronco funcionaram. "Os tratamentos podem ter um efeito
psicológico muito forte que
explica alguns pequenos
progressos."
(GM)
Texto Anterior: Saiba mais: Brasil ainda não tem casos registrados Próximo Texto: Opinião: O impacto de perder os movimentos pode fomentar buscas desesperadas Índice
|