São Paulo, quinta-feira, 22 de outubro de 2009

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União Europeia quer cortar as emissões de aviões e navios

Setores emitem pelo menos 5% do gás carbônico do mundo e ficaram de fora do Protocolo de Kyoto

DA REDAÇÃO

Os ministros europeus do Ambiente anunciaram ontem que querem cortar entre 10% e 20% das emissões de CO2 dos aviões e navios na próxima década. A medida visa à contenção do aquecimento global.
A proposta será apresentada aos outros países na conferência do clima de Copenhague, que acontecerá em dezembro.
As emissões de aviões e barcos não entraram no Protocolo de Kyoto, o acordo internacional de proteção do clima cujo primeiro período de compromisso expira em 2012.
Aviões e barcos geram, juntos, pelo menos 5% das emissões globais de CO2, mas esse valor está subindo rápido. Segundo Pete Lockley, da ONG WWF, se nada for feito, os dois setores responderão por até dois terços das emissões de gases-estufa em 2050. Por isso, a UE propõe que eles estejam incluídos no novo acordo.
Os setores sabem que terão de cortar emissões, mas tentam adiar os compromissos. Uma das propostas do setor naval é ter "crescimento neutro em carbono" a partir de 2020. Segundo Lockley, isso significa "não fazer nada até 2020".
A decisão sobre aviões e navios foi uma tentativa de sanar a discórdia que surgiu no bloco anteontem, depois que ministros de Finanças não conseguiram acordo sobre como dividir o ônus do financiamento ao combate às mudanças climáticas nos países pobres.
Os países que receberiam a ajuda dizem que não podem cortar suas emissões sem ajuda das nações industrializadas, que ficaram ricas enquanto poluíam a atmosfera.
Por outro lado, na terça-feira, nove dos países mais pobres da Europa, liderados pela Polônia, pediram que a sua situação econômica fosse levada em conta antes que a UE concorde em oferecer quase R$ 40 bilhões em ajuda aos países em desenvolvimento.


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