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União Europeia quer cortar as emissões de aviões e navios
Setores emitem pelo menos 5% do gás carbônico do mundo e ficaram de fora do Protocolo de Kyoto
DA REDAÇÃO
Os ministros europeus do
Ambiente anunciaram ontem
que querem cortar entre 10% e
20% das emissões de CO2 dos
aviões e navios na próxima década. A medida visa à contenção do aquecimento global.
A proposta será apresentada
aos outros países na conferência do clima de Copenhague,
que acontecerá em dezembro.
As emissões de aviões e barcos não entraram no Protocolo
de Kyoto, o acordo internacional de proteção do clima cujo
primeiro período de compromisso expira em 2012.
Aviões e barcos geram, juntos, pelo menos 5% das emissões globais de CO2, mas esse
valor está subindo rápido. Segundo Pete Lockley, da ONG
WWF, se nada for feito, os dois
setores responderão por até
dois terços das emissões de gases-estufa em 2050. Por isso, a
UE propõe que eles estejam incluídos no novo acordo.
Os setores sabem que terão
de cortar emissões, mas tentam adiar os compromissos.
Uma das propostas do setor naval é ter "crescimento neutro
em carbono" a partir de 2020.
Segundo Lockley, isso significa
"não fazer nada até 2020".
A decisão sobre aviões e navios foi uma tentativa de sanar
a discórdia que surgiu no bloco
anteontem, depois que ministros de Finanças não conseguiram acordo sobre como dividir
o ônus do financiamento ao
combate às mudanças climáticas nos países pobres.
Os países que receberiam a
ajuda dizem que não podem
cortar suas emissões sem ajuda
das nações industrializadas,
que ficaram ricas enquanto poluíam a atmosfera.
Por outro lado, na terça-feira, nove dos países mais pobres
da Europa, liderados pela Polônia, pediram que a sua situação
econômica fosse levada em
conta antes que a UE concorde
em oferecer quase R$ 40 bilhões em ajuda aos países em
desenvolvimento.
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