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CIÊNCIA
Crianças nascidas em Houston, nos EUA, são as primeiras a sobreviver a um parto com um total de oito filhos
Estado de saúde de bebês óctuplos é crítico
das agências internacionais
Os sete bebês que nasceram anteontem nos Estados Unidos no
mesmo parto estão em estado crítico, segundo médicos do Hospital
Infantil do Texas, em Houston.
Eles, com a irmã mais velha, que
nasceu em 8 de dezembro, são os
primeiros óctuplos a sair com vida
do ventre materno. Pesando entre
320 gramas e 810 gramas, os dois
meninos e seis meninas devem ficar no hospital mais dois meses.
"É muito cedo para dizer se eles
irão sobreviver", disse o médico
Leonard Weisman, chefe do setor
que cuida dos recém-nascidos no
hospital. "Alguns deles mostraram
sinais de melhora, outros não",
afirmou.
Segundo Weisman, os bebês têm
85% de chances de sobreviver e
75% a 80% de se desenvolver normalmente. Durante os dois meses
no hospital, o custo de internação
de cada um deles deverá ser de cerca de US$ 250 mil.
A mãe do bebês, Nkem Chukwu,
27, uma nigeriana naturalizada
norte-americana, submeteu-se a
um tratamento de fertilidade, que
estimula a produção de óvulos. No
começo deste ano, ela teve um
aborto natural de trigêmeos.
Nkem se recusou a abortar alguns dos fetos para que os mais aptos pudessem se desenvolver com
mais segurança, no procedimento
conhecido como redução embrionária seletiva. "Ela queria deixar
de comer se isso desse mais espaço
para os bebês se desenvolverem",
disse o obstetra Brian Kirshon.
Para tentar prolongar o desenvolvimento dos sete bebês após o
primeiro nascer, Nkem foi internada no começo de outubro e passou as duas semanas anteriores ao
nascimento inclinada de cabeça
para baixo a maior parte do tempo.
O parto, uma cesárea, só foi realizado porque as drogas para retardar o nascimento causaram hemorragia interna a Nkem. Kirshon
disse que ela se recupera bem e deve deixar o hospital nesta semana.
Partos múltiplos, nessa proporção, são raros. Só há registro de
três partos de sétuplos, o de maior
número de bebês, incluindo um
que ocorreu no ano passado nos
EUA, um no Canadá, em 1934, e
outro na Suécia, em 1935.
Em agosto de 1996, no Reino
Unido, Mandy Alwood também
recusou-se a abortar alguns fetos
quando soube que estava grávida
de oito bebês. Ela vendeu os direitos de cobertura de seu parto para
um diário sensacionalista, mas
acabou perdendo todos eles.
A gravidez com o maior número
de bebês registrada se deu em 1971,
quando uma italiana teve retirados
de seu útero, no quarto mês de gravidez, 15 fetos mortos.
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