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FOMENTO
Aumento ocorreria até 2006
MCT quer mais 4.000 doutores a cada ano
CLAUDIO ANGELO
EDITOR-ASSISTENTE DE CIÊNCIA
O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, disse ontem que o governo Lula pretende
aumentar o número de doutores
formados por ano no país de
6.000 para 10 mil até 2006.
Amaral esteve em São Paulo para apresentar as novas diretrizes
do MCT à SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).
No final da tarde, reuniu-se com o
presidente da Fiesp (Federação
das Indústrias do Estado de São
Paulo), Horácio Lafer Piva, para
discutir a colaboração entre governo e indústrias na substituição
de importações de tecnologia.
"A proposta é chegar até o final
do mandato com pelo menos 10
mil doutores por ano. Vamos tentar inclusive aumentar isso. O
Brasil já tem 60 mil doutores, mas
precisamos aumentar, para poder
manter a política de inovação."
Ele afirmou, ainda, que o ministério está preparando um estudo
para definir o valor do reajuste
das bolsas do CNPq.
"Segundo nível"
Segundo o ministro, as indústrias e o MCT estudarão áreas estratégicas em que existe déficit comercial e nas quais é possível desenvolver tecnologia nacional.
Amaral também afirmou ter discutido "com os companheiros da
Fiesp" a facilitação do registro de
patentes no país e as dificuldades
do Brasil na área de marcas.
"Precisamos agregar valor em
todas as nossas exportações. Tem
peças que saem de São Paulo valendo US$ 1 e chegam ao mercado
consumidor dos EUA valendo
US$ 50. Por que não agregamos
esse valor?" -questionou.
Segundo Amaral, enquanto a
indústria brasileira não investir
em tecnologia, ela estará condenada a ser de "segundo nível",
que sobreviverá apenas durante
algum tempo. "É segundo nível.
Lamentavelmente eu procurei
uma outra expressão, mas é essa."
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