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São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 2003

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FOMENTO

Aumento ocorreria até 2006

MCT quer mais 4.000 doutores a cada ano

CLAUDIO ANGELO
EDITOR-ASSISTENTE DE CIÊNCIA

O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, disse ontem que o governo Lula pretende aumentar o número de doutores formados por ano no país de 6.000 para 10 mil até 2006.
Amaral esteve em São Paulo para apresentar as novas diretrizes do MCT à SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). No final da tarde, reuniu-se com o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Horácio Lafer Piva, para discutir a colaboração entre governo e indústrias na substituição de importações de tecnologia.
"A proposta é chegar até o final do mandato com pelo menos 10 mil doutores por ano. Vamos tentar inclusive aumentar isso. O Brasil já tem 60 mil doutores, mas precisamos aumentar, para poder manter a política de inovação."
Ele afirmou, ainda, que o ministério está preparando um estudo para definir o valor do reajuste das bolsas do CNPq.

"Segundo nível"
Segundo o ministro, as indústrias e o MCT estudarão áreas estratégicas em que existe déficit comercial e nas quais é possível desenvolver tecnologia nacional. Amaral também afirmou ter discutido "com os companheiros da Fiesp" a facilitação do registro de patentes no país e as dificuldades do Brasil na área de marcas.
"Precisamos agregar valor em todas as nossas exportações. Tem peças que saem de São Paulo valendo US$ 1 e chegam ao mercado consumidor dos EUA valendo US$ 50. Por que não agregamos esse valor?" -questionou.
Segundo Amaral, enquanto a indústria brasileira não investir em tecnologia, ela estará condenada a ser de "segundo nível", que sobreviverá apenas durante algum tempo. "É segundo nível. Lamentavelmente eu procurei uma outra expressão, mas é essa."


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