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Porções de comida são maiores em versões mais recentes da Última Ceia
DA REDAÇÃO
A epidemia de obesidade
pode ser um fenômeno moderno, mas o aumento nas
porções de comida tem raízes milenares, afirma um novo estudo. Uma dupla de
pesquisadores que comparou 52 pinturas diferentes
retratando a cena bíblica da
Última Ceia mostrou que a
fartura do banquete vem aumentando gradualmente
desde o século 11. Seu trabalho indica que os pratos
principais mostrados nas
obras cresceram 69%, enquanto pães aumentaram
23% e entradas, 65%.
"O último milênio testemunhou um aumento dramático em produção, disponibilidade, segurança, abundância e barateamento de
comida", diz Brian Wansink,
diretor de um laboratório da
Universidade de Cornell
(EUA) que estuda alimentação e comportamento. Autor
do best-seller "Mindless Eating" (Alimentação Negligente), ele assina o novo estudo ao lado de seu irmão
Craig, pastor presbiteriano e
teólogo, do Wesleyan College da Virgínia.
Segundo a dupla, a ideia
para o trabalho surgiu de forma natural. "Acreditávamos
que, se a arte imita a vida, essas mudanças deveriam se
refletir nas pinturas sobre o
jantar mais famoso da história", disse Brian em comunicado à imprensa.
Tudo o que os cientistas
usaram no estudo foi um
computador e um livro de arte que reunia as pinturas.
Com um software especial, a
dupla passou a medir dentro
das imagens o tamanho das
porções em pratos de entrada, refeições principais e
pães. As dimensões dos desenhos eram calculadas tomando como referência o tamanho da cabeça das pessoas retratadas nos quadros.
O resultado final, que confirmou a tese inicial dos irmãos Wansink, está descrito
em estudo no periódico científico "The International
Journal of Obesity".
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