São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2008

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Alta do petróleo faz europeus recorrerem ao carvão mineral

DO "NEW YORK TIMES"

O aumento do preço do petróleo está fazendo países da Europa ampliarem suas redes de usinas a carvão para contornar o problema. A Itália prevê que a geração de eletricidade via carvão suba de 14% para 30% da matriz energética do país em cinco anos. "Nosso plano é converter todas as usinas a petróleo em usinas que usam tecnologias limpas de carvão", diz Gianfilippo Mancini, um dos diretores da Enel, maior empresa de energia do país.
O carvão mineral é o mais sujo de todos os combustíveis fósseis, emitindo bem mais CO2 do que o petróleo. Ele tem as vantagens de ser mais barato e de ter reservas duradouras. As termelétricas a carvão, no entanto, devem se tornar um problema para países da União Européia, que se comprometeram a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em 20% até 2020, tomando como base as emissões de 1990.
Além da Itália, Alemanha e República Tcheca estão inaugurando novas usinas a carvão. O Reino Unido, que não inaugurava nenhuma havia dez anos, também deve criar uma nova, em Kent.
"Carvão limpo" foi um termo criado pela indústria para se referir aos esforços de diminuição da poluição local. Segundo o climatologista James Hansen, da Nasa, falar em limpeza do carvão é um contra-senso quando o assunto é CO2. "Precisamos de uma moratória contra o carvão agora", diz.


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