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Bali terá de dar "mapa" para o pós-Kyoto
DA REDAÇÃO
Do dia 3 ao dia 14 deste
mês, representantes de cerca
de 180 países se reúnem na
cidade de Denpasar, na ilha
de Bali, Indonésia, para tentar mais uma vez tirar o planeta da rota da catástrofe.
Eles buscarão, dentro da
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança
Climática (ou Convenção do
Clima, para encurtar), lançar
as negociações formais para
o acordo que substituirá (ou
prolongará, dependendo de
com quem se fala) o Protocolo de Kyoto, de 1997.
Kyoto, que expira em
2012, tem metas pífias: exige
que 36 países industrializados cortem suas emissões de
gás carbônico (CO2) e outros
gases que esquentam a Terra
em 5,2% em relação aos níveis de 1990.
O consenso que emergiu
depois do último relatório do
IPCC (o painel de climatologistas da ONU), no entanto, é
que, se a humanidade quiser
evitar os efeitos mais trágicos do aquecimento global,
como uma elevação descontrolada do nível do mar, precisará limitar o aquecimento
adicional do planeta até
2100 em 2C. Para isso, o
corte de emissões necessário
é da ordem de 50%.
É em torno desses números que a conferência de Bali
vai se desenrolar. Um corte
de emissões dessa magnitude exigirá nada menos que o
reordenamento completo da
economia mundial, hoje movida a combustíveis fósseis,
como o carvão e o petróleo.
Bali não vai produzir um
novo acordo. No máximo, os
ministros ali reunidos concordarão em uma meta "aspiracional" de redução de
emissões. A maneira como o
planeta perseguirá essa meta, no entanto, demandará
ao menos mais dois anos de
negociação para ser definida.
Até lá, emissões e termômetros continuam subindo.
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