São Paulo, sábado, 24 de novembro de 2007

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Bali terá de dar "mapa" para o pós-Kyoto

DA REDAÇÃO

Do dia 3 ao dia 14 deste mês, representantes de cerca de 180 países se reúnem na cidade de Denpasar, na ilha de Bali, Indonésia, para tentar mais uma vez tirar o planeta da rota da catástrofe.
Eles buscarão, dentro da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (ou Convenção do Clima, para encurtar), lançar as negociações formais para o acordo que substituirá (ou prolongará, dependendo de com quem se fala) o Protocolo de Kyoto, de 1997.
Kyoto, que expira em 2012, tem metas pífias: exige que 36 países industrializados cortem suas emissões de gás carbônico (CO2) e outros gases que esquentam a Terra em 5,2% em relação aos níveis de 1990.
O consenso que emergiu depois do último relatório do IPCC (o painel de climatologistas da ONU), no entanto, é que, se a humanidade quiser evitar os efeitos mais trágicos do aquecimento global, como uma elevação descontrolada do nível do mar, precisará limitar o aquecimento adicional do planeta até 2100 em 2C. Para isso, o corte de emissões necessário é da ordem de 50%.
É em torno desses números que a conferência de Bali vai se desenrolar. Um corte de emissões dessa magnitude exigirá nada menos que o reordenamento completo da economia mundial, hoje movida a combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo.
Bali não vai produzir um novo acordo. No máximo, os ministros ali reunidos concordarão em uma meta "aspiracional" de redução de emissões. A maneira como o planeta perseguirá essa meta, no entanto, demandará ao menos mais dois anos de negociação para ser definida. Até lá, emissões e termômetros continuam subindo.


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