São Paulo, sábado, 25 de junho de 2011

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Teoria tem várias aplicações em educação e política

ARTICULISTA DA FOLHA

A teoria dos franceses pode ter aplicações práticas na educação e na política.
Crianças se beneficiariam de mais trabalhos em grupo na escola -desde que bem desenhados, é claro.
Já a política, ganharia se conseguíssemos enfatizar situações deliberativas, em vez de apenas coletar opiniões.
O pensamento coletivo é um bom caminho, concluem os autores. Mas naturalmente não existem garantias.
Embora as grandes realizações da humanidade tenham vindo através do exercício coletivo da razão, apenas esforçar-se para utilizá-la não basta. Os sucessos dependeram em boa medida de sorte epistêmica.

REPERCUSSÃO
O artigo de Mercier e Sperber foi publicado na edição de abril de "Behavioral and Brain Sciences", que costuma trazer um texto de fôlego e vários comentários menores de especialistas das mais variadas áreas.
Como não poderia deixar de ser, eles apontam uma série de dificuldades e pontos controversos da teoria.
Um dos mais lembrados é que os autores parecem subestimar a possibilidade de a razão -sob as condições certas- nos levar a decisões individuais corretas, mesmo que ela não tenha exatamente evoluído para isso.
Há também quem conteste as próprias bases da pesquisa, como a cientista Darcia Narvaez, da Universidade Notre Dame, na França.
De acordo com a pesquisadora, os estudos sobre raciocínio são deterministas e enviesados, ignorando grande parte das situações em que usamos a razão. (HS)


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