São Paulo, quarta-feira, 26 de janeiro de 2011 |
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Simulação prepara "pouso em Marte" "Big Brother" criado por russos para simular ida ao planeta está, após 238 dias, quase chegando ao destino Falta, porém, a viagem de volta, com mais 240 dias; por enquanto, nenhum dos seis "astronautas" desistiu LUIZ GUSTAVO CRISTINO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A chegada do homem a Marte pode ainda ser um sonho distante, mas cientistas russos tentam dar os primeiros passos para transformar a viagem em realidade. Em Moscou, uma cápsula com seis "tripulantes", que pretende simular uma jornada ao planeta vermelho, está atualmente se preparando para o "pouso", previsto para o dia 12 de fevereiro. A equipe está em isolamento desde o dia 3 de junho. A previsão de duração da "viagem de retorno à Terra" é de 240 dias. O experimento, de nome "Mars-500", é realizado pelo Instituto de Problemas Médico-Biológicos russo e pela Agência Espacial Europeia. Com o objetivo de determinar se o isolamento e a alimentação especial provocam alterações psicológicas, hormonais ou imunológicas dos astronautas, são realizados, regularmente, exames de sangue, saliva e urina. A equipe é composta por três russos, um chinês, um francês e um colombiano naturalizado italiano. Os pesquisadores acreditam que o experimento ajudará a determinar o perfil psicológico mais adequado -ou, talvez, resistente- à viagem a Marte. É importante ressaltar que a experiência passa longe de simular as reais condições de viagem a Marte. A gravidade, por exemplo, continua sendo a da Terra, ou seja, a tripulação não sente mudança alguma em seu peso. E, como observaram internautas mais críticos no blog oficial do Mars-500, o revestimento da cápsula que abriga os astronautas é de madeira. A alimentação dos tripulantes, por sua vez, é bem controlada, não sendo permitido que eles comam mais ou menos que a cota diária. Embora tenham acesso à internet, há um atraso na transmissão das mensagens, assim como haveria no espaço. Ele varia entre 8 e 736 segundos, dependendo da "localização" do módulo. BIG BROTHER As condições do experimento têm grande semelhança com o "reality show": um grupo de pessoas isoladas em um ambiente fechado e observadas por terceiros. Os confinados na Rússia também enviam mensagens de texto para que a "equipe de solo" atualize seus status em redes sociais. O italiano Diego Urbina, por exemplo, atualiza seu perfil no Twitter (twitter.com/diegou) com frequência para postar novidades. Os participantes podem desistir do confinamento quando quiserem, mas os que resistirem levam a bagatela de US$ 110 mil (cerca de R$ 184 mil). Não é R$ 1,5 milhão, mas, até agora, o valor garantiu a permanência de todos os confinados. Com agências de notícias Próximo Texto: Testes são primeiro passo, diz especialista Índice | Comunicar Erros |
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