|
Texto Anterior | Índice
BIOTECNOLOGIA
Após Venter sair da Celera, cai Haseltine
Genômica empresarial sofre o seu segundo grande revés em 2 anos
ANDREW POLLACK
DO "NEW YORK TIMES"
William A. Haseltine, presidente da Human Genome Sciences
(HGS), deixa a companhia no
momento em que ela se debate
com sua visão de transformar informação genética numa cornucópia de novos medicamentos.
Haseltine disse anteontem que
vai se aposentar ainda neste ano,
provavelmente no segundo semestre, assim que um sucessor
for encontrado e ele completar 60
anos. Afirmou que a decisão foi
voluntária e que, como a empresa
está mudando da pesquisa genética para o desenvolvimento de remédios, precisa de uma executivo
mais experiente da área farmacêutica, e não de um cientista.
A companhia está sob pressão
porque seus dois principais medicamentos fracassaram em testes
clínicos. Suas ações, que fecharam
anteontem a US$ 11,39, estão longe do pico de US$ 241 alcançado
quatro anos atrás, quando parecia
encarnar toda a promessa da genômica [pesquisa com base nos
dados da soletração do DNA humano]. A empresa anunciou que
cortará 200 postos de trabalho.
A saída de Haseltine de certo
modo repete a de Craig Venter do
topo da Celera, dois anos atrás.
Venter foi claramente posto para
fora, mas Haseltine nega que o
mesmo tenha acontecido com ele.
A HGS havia sido fundada em
1992, para comercializar informações genômicas obtidas por Venter. Haseltine acreditava que elas
fossem um atalho para a descoberta de medicamentos. Em 1993,
a SmithKline Beecham (hoje GlaxoSmithKline) pagou US$ 125
milhões pelo acesso à base de dados, mas só dois remédios chegaram à fase de testes clínicos.
Texto Anterior: Colheita marciana Índice
|