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Novos empresas vão oferecer serviços de "gestão de carbono"
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A pressa que o aquecimento
global impõe cria problemas,
mas traz oportunidades de inovação. O Brasil, por causa de
trabalhos como os do Centro de
Pesquisas da Petrobras e os de
algumas universidades, destaca-se na pesquisa verde. Agora,
os cientistas estão saindo da
universidade e criando empresas para fazer "gestão de CO2"
-conceito que, apostam, não
soará estranho no futuro.
Um exemplo é a Climate
Consulting, criada há um ano,
no Rio de Janeiro. Os sócios ficaram muito tempo em institutos de pesquisa, mas apostam que existe um mercado de
clientes dispostos a pagar para
dar um destino (que não seja a
atmosfera) para o CO2.
Já há alguns anos é moda,
entre as empresas, o conceito
de "carbono neutro". Isso significa dar um jeito de compensar as emissões de CO2 de, por
exemplo, um evento. Em geral,
árvores são plantadas. Empresas de tecnologia poderão propor soluções mais eficientes.
"Esse CO2 pode ser utilizado
para aumentar a própria produtividade [do cliente]", diz
Rafael Bianchini, engenheiro
ambiental que já passou por
Petrobras, universidades cariocas e gaúchas e agora é sócio da
Climate Consulting. Entre os
projetos da empresa está um
sistema de aproveitamento do
CO2 gerado na fermentação do
etanol para aumentar a eficiência do próprio biorreator.
A ideia é que, com o tempo,
os consumidores e governos fiquem cada vez mais exigentes
ao demandar produtos e companhias "livres de emissões".
A longo prazo, a própria captura e armazenamento de carbono pode ser uma opção para
"esverdear" as empresas. "O
Brasil vai ser tão bom nisso
quanto em exploração de águas
profundas", diz Bianchini.
(RM)
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