São Paulo, domingo, 27 de setembro de 2009

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Novos empresas vão oferecer serviços de "gestão de carbono"

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A pressa que o aquecimento global impõe cria problemas, mas traz oportunidades de inovação. O Brasil, por causa de trabalhos como os do Centro de Pesquisas da Petrobras e os de algumas universidades, destaca-se na pesquisa verde. Agora, os cientistas estão saindo da universidade e criando empresas para fazer "gestão de CO2" -conceito que, apostam, não soará estranho no futuro.
Um exemplo é a Climate Consulting, criada há um ano, no Rio de Janeiro. Os sócios ficaram muito tempo em institutos de pesquisa, mas apostam que existe um mercado de clientes dispostos a pagar para dar um destino (que não seja a atmosfera) para o CO2.
Já há alguns anos é moda, entre as empresas, o conceito de "carbono neutro". Isso significa dar um jeito de compensar as emissões de CO2 de, por exemplo, um evento. Em geral, árvores são plantadas. Empresas de tecnologia poderão propor soluções mais eficientes.
"Esse CO2 pode ser utilizado para aumentar a própria produtividade [do cliente]", diz Rafael Bianchini, engenheiro ambiental que já passou por Petrobras, universidades cariocas e gaúchas e agora é sócio da Climate Consulting. Entre os projetos da empresa está um sistema de aproveitamento do CO2 gerado na fermentação do etanol para aumentar a eficiência do próprio biorreator.
A ideia é que, com o tempo, os consumidores e governos fiquem cada vez mais exigentes ao demandar produtos e companhias "livres de emissões".
A longo prazo, a própria captura e armazenamento de carbono pode ser uma opção para "esverdear" as empresas. "O Brasil vai ser tão bom nisso quanto em exploração de águas profundas", diz Bianchini. (RM)

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