São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

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Boa parte da madeira é ilegal, diz Ibama de MT

DO ENVIADO ESPECIAL A ALTA FLORESTA

Os pátios das madeireiras de Alta Floresta (MT) estão cheios. Boa parte dessa madeira, embora coberta por autorizações de exploração florestal -por meio de planos de manejo-, é de origem ilegal, diz Cláudio Cazal, chefe-substituto do Ibama na cidade. "São madeiras esquentadas."
O processo funciona assim: os madeireiros aprovam projetos sobre áreas já desmatadas ou que sofreram corte seletivo das principais espécies; depois, utilizam as autorizações para transportar, processar e revender madeiras retiradas ilegalmente em outras áreas.
"Essas madeiras são roubadas de áreas públicas e de preservação permanente, por exemplo, onde ainda existem madeiras nobres, e vendidas como se tivessem origem legal. Mas, quando vamos fiscalizar, a área de manejo não existe ou não comporta aquela produção", afirmou Cazal.
A produção é levada majoritariamente para o mercado consumidor das regiões Sul e Sudeste. "É por isso que não adianta esperar consciência ambiental de quem está aqui, como cobrou a ministra [Marina Silva, do Meio Ambiente]. Isso não existe. A alternativa é convencer os consumidores."


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