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AMAZÔNIA
Floresta será mantida em troca de serviços ambientais
DO "INDEPENDENT"
Um acordo entre o governo da Guiana e um fundo de
capitais britânico permitirá,
pela primeira vez, o pagamento pelos serviços ambientais de uma floresta em
pé na Amazônia. Uma área
de 405 mil hectares será
mantida como uma provedora de serviços vitais, como regulação de chuvas, armazenagem de carbono e regulação do clima.
O acordo foi anunciado
ontem em Nova York e pode
abrir o caminho para que
mercados financeiros desempenhem um papel-chave
na proteção das florestas tropicais do mundo.
A iniciativa segue a oferta
extraordinária da Guiana,
feita no ano passado, de entregar todas as suas florestas
a um organismo internacional em troca de auxílio financeiro ao desenvolvimento. A
Guiana tem hoje 80% de suas
florestas preservadas.
Hylton Murray-Philipson,
diretor da empresa Canopy
Capital, que fechou o acordo
com a reserva de Iwokrama
("refúgio", na língua macuxi), afirmou: "Como é possível que os serviços do Google
valham bilhões e os das florestas tropicais do mundo
não valham nada?"
O ano passado foi crucial
para as florestas tropicais,
porque o mundo reconheceu
que o desmatamento é a segunda maior causa de emissões de gases de efeito estufa.
A Conferência do Clima de
Bali concordou em incluir o
desmatamento evitado como medida de mitigação do
aquecimento global.
"À medida que os níveis de
dióxido de carbono na atmosfera crescem, as emissões passam a ter um custo
cada vez mais alto e a conservação passará a ter valor real.
A comunidade de investidores está começando a acordar para isso", disse Murray-Philipson.
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