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São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2003

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Editorial da BMJ previa polêmica sobre conclusão

DA REDAÇÃO

O artigo sobre fumantes passivos de James Enstrom e Geoffrey Kabat foi publicado em 17 de maio na revista especializada "British Medical Journal" (bmj.com), acompanhado de editorial assinado por George Davey Smith, professor de epidemiologia clínica na Universidade de Bristol (Reino Unido).
Cinco dias antes do artigo de Richard Tomkins no jornal "Financial Times", Smith já previa em seu comentário: "É certo que esse trabalho será saudado como demonstração de que o efeito do fumo passivo tem sido superestimado, e que a controvérsia prosseguirá".
De fato, nem os autores do estudo são enfáticos em sua conclusão. Afirmam, sim, que "os resultados não apóiam uma relação causal entre fumaça ambiental de tabaco e mortalidade relacionada com tabaco", mas alertam: "embora não excluam um pequeno efeito".
As pesquisas afirmando ou negando essa relação sempre estiveram cercadas de inúmeras dificuldades metodológicas, como a necessidade de usar um indicador tão impreciso de exposição de não-fumantes a cancerígenos na fumaça ambiental quanto estar ou não casado com um fumante.
Com isso, os médicos buscam a confirmação por meio de estudos que revisam e comparam dados de vários artigos, as chamadas meta-análises. Até sair o artigo de Enstrom e Kabat, as meta-análises indicavam que fumantes passivos tinham risco aumentado em 25% de sofrer de doença coronariana ou de câncer do pulmão.


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