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Editorial da BMJ previa polêmica sobre conclusão
DA REDAÇÃO
O artigo sobre fumantes
passivos de James Enstrom e
Geoffrey Kabat foi publicado
em 17 de maio na revista especializada "British Medical
Journal" (bmj.com), acompanhado de editorial assinado por George Davey Smith,
professor de epidemiologia
clínica na Universidade de
Bristol (Reino Unido).
Cinco dias antes do artigo
de Richard Tomkins no jornal "Financial Times", Smith
já previa em seu comentário:
"É certo que esse trabalho
será saudado como demonstração de que o efeito do fumo passivo tem sido superestimado, e que a controvérsia prosseguirá".
De fato, nem os autores do
estudo são enfáticos em sua
conclusão. Afirmam, sim,
que "os resultados não
apóiam uma relação causal
entre fumaça ambiental de
tabaco e mortalidade relacionada com tabaco", mas
alertam: "embora não excluam um pequeno efeito".
As pesquisas afirmando
ou negando essa relação
sempre estiveram cercadas
de inúmeras dificuldades
metodológicas, como a necessidade de usar um indicador tão impreciso de exposição de não-fumantes a cancerígenos na fumaça ambiental quanto estar ou não
casado com um fumante.
Com isso, os médicos buscam a confirmação por meio
de estudos que revisam e
comparam dados de vários
artigos, as chamadas meta-análises. Até sair o artigo de
Enstrom e Kabat, as meta-análises indicavam que fumantes passivos tinham risco aumentado em 25% de
sofrer de doença coronariana ou de câncer do pulmão.
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