São Paulo, sexta-feira, 28 de maio de 2010

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ANÁLISE

Desastre é o Katrina da petroleira BP, não de Obama

CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA

É difícil dizer que o vazamento de óleo no golfo do México será para Barack Obama o que o furacão Katrina, em 2005, foi para seu antecessor, George W. Bush.
O Katrina foi uma tragédia imediata, que matou desde o primeiro momento; o vazamento é mais insidioso -para sorte do presidente, o óleo demorou a chegar a terra.
Mas Obama parece ter aprendido com as falhas de Bush. Assim que a dimensão da potencial tragédia ficou clara, nove dias depois da explosão da plataforma, mobilizou a Defesa. Ontem, deu sua primeira grande coletiva em dez meses para assumir a responsabilidade pelo pior derrame de óleo do país.
Bush levou dez dias para voar até Nova Orleans, e ainda cometeu a gafe de cumprimentar o diretor da agência federal de emergências pelo "serviço supimpa". Levou a culpa desde o início.
Obama enfrenta eleições em novembro, e o acidente ameaça a aprovação de sua lei de energia. Até agora, tem conseguido transferir a ira da população para a BP. É à empresa, não ao presidente, que as placas na Louisiana pedem suas praias de volta.


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