São Paulo, terça-feira, 28 de dezembro de 2010

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Método envolve análise do tártaro de dente fóssil

DE SÃO PAULO

Não é exatamente agradável, mas os cientistas descobriram mais sobre a dieta dos neandertais analisando a placa bacteriana mineralizada -tártaro- em dentes de neandertal encontrados no Iraque e na Bélgica.
Há 50 mil anos, não era em qualquer esquina que se comprava escova, fio dental e enxágue bucal, então essa placa oferece uma quantidade grande de informações sobre o que comiam os donos dos dentes.
Dos três dentes iraquianos disponíveis (um canino, um molar e um incisivo), por exemplo, os cientistas tiraram 73 exemplares diferentes de grãos catalogados. Eles estavam danificados de uma maneira que evidencia que tinham passado antes pelo fogo.
A amostra incluía tipos selvagens de trigo, centeio e cevada -nada indica, porém, que os neandertais soubessem fazer cerveja, que só apareceu há menos de 10 mil anos, para nunca mais ser abandonada.
As espécies eram selvagens porque era necessário coletar tudo isso no mato: a agricultura só apareceria milhares de anos depois, provavelmente um pouco antes da cerveja.
Não há, também, sinal de que neandertais tivessem estruturas para armazenar os grãos, mas também não se sabe com grande precisão quando os humanos começaram a fazer isso. (RM)


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