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Ministro diz ver "viés de baixa" para 2009
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, diz que as
informações do Prodes
não permitem afirmar
com segurança qual é a
tendência para o desmatamento da Amazônia nos
próximos anos.
Mas, na opinião de Adalberto Veríssimo, do Imazon (Instituto do Homem
e Meio Ambiente da Amazônia), a tendência será de
queda na destruição da
floresta. O Imazon possui
um sistema independente
de monitoramento de desmate, o SAD.
De acordo com Veríssimo, a crise financeira favorece a queda do desmatamento. Segundo ele, porém, é preciso manter medidas como a restrição ao
crédito de quem desmata
ilegalmente, porque a destruição da floresta não
ocorre somente impulsionada pela produção agrícola, mas também pela especulação. Um grileiro pode desmatar para conseguir um título da área, por
exemplo. "O objetivo é se
apropriar de uma área pública para revender lá na
frente", explica Veríssimo.
Já o ministro Carlos
Minc (Meio Ambiente) valorizou a queda do ritmo
de desmatamento entre
junho e outubro deste ano.
Segundo ele, o sistema
de detecção do desmatamento em tempo real do
Inpe, o Deter, mostra que
outubro apresentou uma
queda de 10% em relação a
setembro.
"O acumulado de cinco
meses [do Deter, entre junho e outubro] caiu 23%
em relação aos mesmos
meses do ano anterior",
disse Minc. "O que isso
significa? Não só o Prodes
(...) basicamente estabilizou, como o Deter de outubro continua mostrando
que houve uma retomada
do viés de baixa."
(AB)
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