São Paulo, sábado, 31 de janeiro de 2004

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Agência promete rever a decisão de abandonar o telescópio Hubble

DA REPORTAGEM LOCAL

A mais polêmica das decisões ligadas ao retorno aos vôos dos ônibus espaciais foi a de não mais conduzir missões de reforma do Telescópio Espacial Hubble. Mas ninguém ainda desistiu de brigar pelo observatório, obrigando a Nasa a rever sua posição.
Os protestos sobre a medida ecoaram não só pela comunidade científica, mas no público em geral, que teve a oportunidade de participar de uma campanha na internet organizada por pesquisadores para salvar o satélite (www.savethehubble.com).
O administrador da Nasa, Sean O'Keefe, anunciou anteontem que faria uma revisão da questão, deixando o destino do telescópio em aberto. O processo de análise das alternativas será conduzido por Harold Gehman Jr., o homem que chefiou as investigações do acidente com o Columbia.
Nada mais apropriado. Afinal, uma das razões pelas quais a Nasa desistiu de enviar ônibus espaciais ao Hubble é o fato de que ele se posiciona numa órbita que não permite uma viagem à ISS, caso a nave precise de reparos. Ofereceria, portanto, risco à tripulação.
O telescópio orbital foi projetado para ser constantemente reformado por tripulações em órbita. Os giroscópios que permitem que ele seja apontado para seus objetos de estudo, por exemplo, se quebram com freqüência e exigem reposição. Há espaço para quatro. Hoje três estão funcionais, e o observatório precisa de no mínimo dois para continuar trabalhando. Caso o ônibus espacial não volte a visitá-lo, as estimativas são de que ele dure só até 2007.
A data exata, entretanto, é imprevisível. A instituição que gerencia o telescópio já está em modo de emergência, priorizando observações por sua relevância e descontentando muitos astrônomos que já tinham tempo agendado para usar o satélite. (SN)


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