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PALEONTOLOGIA
USP recebe fósseis de museu ilegal
DA REPORTAGEM LOCAL
Centenas de fósseis que
estavam sob poder da artesã Urânia Corradini desde 2005 foram depositados ontem no Instituto de
Geociências da USP.
A ordem veio da Justiça.
Corradini já foi processada pelo comércio de material paleontológico, o que é
ilegal quando não há autorização do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) para esse
comércio. Era o caso. Ela
mantinha em sua casa um
museu ilegal, através do
qual vendia os fósseis.
O novo confisco ocorreu
na quarta-feira. Ontem, o
caminhão da própria USP,
que foi buscar o material,
foi descarregado. "Somos
o fiel depositário desses
fósseis", explicou à Folha
o paleontólogo Thomas
Fairchild, do IG/USP.
Os técnicos da USP farão o relatório das caixas e
mais caixas que foram retiradas da casa de Corradini. "Parece que tem coisas
muito bonitas lá. Não temos como dizer se são
centenas ou milhares de
peças", explicou o pesquisador da USP. "A maior
parte é de peixes."
A novela dos fósseis da
artesã Urânia já dura dez
anos. Tudo começou com
a apreensão de uma pequena parte do material
que estava sendo vendido
na praça da República, em
São Paulo.
Um processo foi aberto.
Em 2001, todo o material
foi para a Unesp de Rio
Claro. Mas, na Justiça,
Corradini conseguiu recuperar as peças em 2005.
Nova denúncia anônima,
no ano passado, informou
que ela estava vendendo
outra vez as os fósseis.
Procurada pela Folha, a
artesã preferiu não comentar a apreensão.
(EDUARDO GERAQUE)
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