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RUMO AO PÓS-KYOTO
Plano defende que rico corte até 40% do carbono em 2020
DA REUTERS
As discussões sobre o período pós-Kyoto (ou a segunda fase do acordo, como preferem alguns) que estão sendo realizadas em um evento
oficial da ONU, em Viena,
entram no último dia dos debates sob um impasse. Ninguém concorda com qual deve ser o grau de corte das
emissões dos gases que contribuem para o efeito-estufa.
O ideal é que os países ricos reconheçam a necessidade de cortar suas emissões
entre 20% e 40% abaixo das
taxas de 1990 até 2020, defendeu um documento apresentado ontem aos delegados de 158 países que participam da reunião.
Imediatamente, Rússia,
Japão, Canadá, Nova Zelândia e Suíça colocaram objeções ao texto. Para esses países, essas metas podem causar problemas para algumas
nações, principalmente após
2012, quando acaba a primeira fase do acordo de Kyoto.
"Espero que nós sejamos
capazes de entrar em consenso sobre um intervalo de
redução", disse Leon Charles, representante de Granada. Ele é o presidente do grupo encarregado de escrever o
documento apresentado ontem ao plenário.
Os ambientalistas também
pressionaram os países ricos
na Áustria. Para esses grupos
da sociedade civil, é fundamental que se chegue a um
acordo para que reduções
profundas nas emissões sejam feitas. Esse é o único caminho, segundo eles, para se
evitar mais tormentas, enchentes, secas e a subida do
nível do mar.
"Apenas se os países industrializados reduzirem
suas emissões entre 20% e
40% até 2020 é que o mundo
terá alguma chance de se
proteger dos piores efeitos
das mudanças climáticas",
disse Stephanie Tunmore, da
ONG Greenpeace.
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