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Plantão Médico

JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com.br

Um desafio para a saúde pública

O PROBLEMA ainda não surgiu aqui. Mas, pela possibilidade da presença de grande número de turistas nos próximos eventos internacionais, como a Copa do Mundo, pode chegar ao Brasil.

Trata-se da gonorreia resistente ao tratamento. A bactéria Neisseria gonorrhoeae, causadora da doença, vem apresentando progressiva resistência aos antibióticos.

Por isso, essa DST (doença sexualmente transmissível) está se transformando no principal desafio atual para a saúde pública, segundo Manjula Lusti-Narasimhan, da OMS (Organização Mundial da Saúde). Ele afirma que, sem novos agentes antimicrobianos, brevemente poderá não haver tratamento efetivo para as pessoas infectadas pela bactéria.

O desenvolvimento da resistência do agente infeccioso ao tratamento começou com a sulfanilamida na década de 1940, alcançou em 1980 as penicilinas e tetraciclinas e em 2007 as fluoroquinolonas. A opção atualmente recomendada é a terceira geração de cefalosporinas.

Nos Estados Unidos, a estimativa é de 600 mil casos de gonorreia a cada ano. No mundo, segundo a OMS, são 88 milhões de portadores dentro dos 448 milhões novos casos anuais de DSTs.

Em nosso meio, não se encontram dados sobre sua incidência. Um estudo do Centro de Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP observou que as relações heterossexuais não remuneradas e não conjugais constituem o principal modo de infecção.

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