São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2011

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Virado pode ser patrimônio imaterial de SP

DE SÃO PAULO

No último dia 21 de setembro, o vereador Juscelino Gadelha (PSB) entrou com um pedido formal de registro do virado à paulista como patrimônio imaterial da cidade de São Paulo no Conpresp, o Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico.
Segundo afirma, é uma forma de "conservar a maneira original que o prato era feito e de preservar a cultura do paulistano".
Para a socióloga Rosa Belluzo, especializada em história da alimentação, "daqui a cem anos não vai mais existir o virado à paulista nem o cuscuz..."
"Broa de fubá em São Paulo não se faz mais. Geleia de mocotó, nunca mais vi. Bala de café, que é tão bom, também. Brevidade? Não tem uma padaria que faça. São Paulo é uma grande metrópole, acho que não recuperamos nossa cozinha. Ela vai se diluindo na cultura", diz.

IMATERIAL
Patrimônio imaterial é toda a "manifestação cultural que possui valor, tradição e costume para as pessoas de um determinado local, criando uma identidade e continuidade nas tradições culturais".
Até hoje não há nenhum registro de patrimônio imaterial realizado pelo Conpresp. Segundo o próprio órgão, auxiliado por um corpo técnico de arquitetos, seu "foco de atuação é a preservação dos bens materiais na cidade de São Paulo" -os tombados.

VIRADO
Os bandeirantes e tropeiros levavam consigo, em suas expedições, uma mistura de farinha de milho com galinha ou feijão, embrulhados num pano e, quando abriam para comer, tudo estava misturado -daí o nome virado.
Outros elementos facilmente encontrados podiam incrementar aquela base: banana, carne de porco conservada em banha, couve, encontrada nos pequenos vilarejos, linguiça defumada, ovo. (LUIZA FECAROTTA)


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