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São Paulo, domingo, 02 de março de 2003

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ÁGUA

Projeto estabelece multa para quem desperdiçar em São Paulo; táticas diagnosticam vazamentos

Lavar a calçada pode custar R$ 100

BRUNA MARTINS FONTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

No futuro próximo, quem resolver manter limpas a fachada e a calçada de casa sem pensar no ambiente pode pagar caro.
Na última terça-feira, foi aprovado na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei do vereador Ricardo Montoro (PSDB) que prevê multa de R$ 100 para flagrantes de desperdício de água (R$ 200 para reincidentes).
A punição vale para quem lavar calçada, fachada, painéis ou carros com mangueiras comuns, esquecer a torneira desnecessariamente aberta ou negligenciar vazamentos em casa.
O texto ainda terá de passar pela aprovação da prefeita Marta Suplicy para ser implantado, mas a fiscalização deve ficar a cargo de cada subprefeitura.
A iniciativa é vista com bons olhos por especialistas da área e abre uma brecha para economizar água dentro de casa também.
Alguns apetrechos, como registros com controle de vazão, vasos sanitários com caixas acopladas, arejadores e torneiras automáticas podem ajudar a deixar menos água se esvair por canos e ralos.
"É um recurso efetivo, mas a adoção de hábitos econômicos também é fundamental", recomenda Francisco Buonafina, 49, diretor da Universidade da Água (organização não-governamental especializada no assunto).

Vazamentos
Outro vilão na visão do projeto do vereador são os vazamentos, que, se negligenciados, poderão render multa. Teoricamente, seriam identificados por meio de denúncias às subprefeituras.
Mas, para não esperar que as gotas comecem a polvilhar a casa, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a Universidade da Água dão dicas de como localizar canos furados.
Verificando torneiras, vasos sanitários e a caixa-d'água, é possível saber em quais encanamentos há vazamento. Checar por meio do hidrômetro também é eficaz, mas fica mais difícil saber qual cano apresenta problemas.
Por isso, o engenheiro Ricardo Chain, 36, da divisão de uso racional da água da Sabesp, recomenda chamar um profissional especializado após constatar vazamento pelo hidrômetro. "Essa verificação já é meio caminho andado."


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