DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Vilã de muitas construções, a umidade pede cuidados especiais na hora da repintura.
"A parede que sofre com esse problema deve ser lixada e raspada com espátula, para remover qualquer casca que esteja caindo. Depois, o pó deve ser retirado com pano úmido", diz Ricardo Sá, professor da escola Senai-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) Orlando Laviero Ferraiuolo.
Após as remoções, Sá indica usar um preparador de parede: "Ele segura a umidade e evita a absorção de muita tinta, diminuindo o número de demãos".
A tinta recomendada é a hidrorrepelente (repele a água). O professor ressalta que, para a solução definitiva do problema, "deve-se abrir a parede e checar se a umidade vem do solo ou de uma laje que não foi impermeabilizada corretamente".
Procedimentos inadequados, somados ao hábito de deixar a manutenção para mais tarde, comprometem as estruturas. O arquiteto Carlos Galbe foi chamado para reformar uma escola de Londrina. O edifício, dos anos 70, não tinha manta impermeabilizadora em uma passarela ao ar livre: "A infiltração no piso causou problemas na laje e em pilares estruturais".
Além de refazer o concreto com a manta, foram feitas a limpeza da ferrugem do metal estrutural, que estava à vista, e uma pintura de epóxi como camada protetora. Para completar, "uma pintura que ajuda a proteger o reboco". A finalização foi feita com tinta acrílica.
O tempo para refazer a impermeabilização "depende de cada parede, se é mais porosa ou se fica exposta à chuva", fala Kai Loh, professora da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo). (CC E MD)