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Obsessão por
mudança chega
a ser patológica
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na mania de mudar os
móveis de lugar, o saudável é
ter prazer com o novo ambiente. Mas o exagero pode
constituir uma fonte de ansiedade e ser um sintoma de
TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo).
"A patologia se expressa
na combinação do ritual da
arrumação da casa ou da recolocação de móveis em lugares diversos com a angústia de nunca estar satisfeito
com os resultados, ocasionando prejuízos familiares,
sociais e profissionais", esclarece a psiquiatra Vanessa
Pinzon, 32. O paciente busca
um lugar fixo e perfeito para
as coisas.
Assim, se rearranjar os copos no armário, os sofás na
sala e os tapetes no chão virar um martírio, o melhor
será buscar um tratamento
médico, que inclui o uso de
antidepressivos e psicoterapia comportamental.
"Existem pessoas que têm
problemas com vizinhos
porque precisam arrastar a
mobília durante a noite e
realmente não vão dormir
enquanto não encontrarem
o lugar "ideal" para todos os
móveis", relata Ana Gabriela
Hounie, 34, psiquiatra e
membro do Protoc (Projeto
Transtornos do Espectro
Obsessivo-Compulsivo), do
Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo.
(GG)
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