Uso requer cuidados como checagem freqüente de válvula de segurança e instalação feita por especialista

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se você quer a luz e o calor da lareira mas, na hora de comprar lenha, é do time dos que preferem sombra e água fresca, a solução pode ser a instalação de um modelo a gás.
Além de não produzir sujeira, ele é mais fácil de instalar -sua colocação dispensa coifas e chaminés como exaustores.
"Basta ter um ponto de gás, natural ou GLP [de cozinha], que pode ser instalado em até dois dias", afirma Luiz Augusto Sanches Chocair, 41, proprietário da LCZ Lareiras.
Ele reforça que o modelo ainda leva vantagem ao acender -usa-se controle remoto- e é ecologicamente correto.
Quem faz questão do charme da madeira crepitante tem a opção de emulá-lo. Como decoração, pedras vulcânicas ou lenhas refratárias, imitações feitas de fibra cerâmica, podem ser usadas ao redor das chamas.
A salamandra, um tipo de fogão pequeno, geralmente utilizado para queimar lenha e que, nesse caso, exige exaustor, também é encontrada com chama a gás.
Além da ausência do ruído da madeira, a lareira a gás também pode ter outro componente silencioso: a ameaça de um acidente caseiro, uma vez que seu combustível é invisível e, em alguns casos, inodoro.
Assim, a utilização do equipamento requer cuidados. Lauro Bruder, da Chama Bruder Lareiras, aconselha os usuários a deixar uma fresta sempre aberta para a circulação do ar.
"É muito importante que a lareira seja instalada por um especialista. A Comgás [Companhia de Gás de São Paulo] indica empresas que prestam esse serviço", aconselha Bruder. O custo vai de R$ 500 a R$ 1.000.
Os equipamentos possuem mecanismos de segurança, mas é sempre necessário verificar se eles estão em ordem.
Chocair alerta para que os consumidores prestem atenção se a válvula de segurança da lareira funciona corretamente.
"Se houver um consumo de 16% do oxigênio do ambiente e a chama se apagar [por um mecanismo automático do equipamento], a lareira deverá desligar sozinha", descreve.

Quanto custa
Mensurado em reais, o calor proporcionado pela lareira a gás de cozinha (GLP) custa R$ 1,10 por hora, com o equipamento ligado na máxima potência. São gastos 360 gramas de gás nesse tempo -o botijão de 13 kg vale cerca de R$ 40.
Se a opção for o gás natural, a lareira consumirá 0,38 m3 por hora, o equivalente a R$ 1,40, considerando o metro cúbico de gás a R$ 2,11.
Uma alternativa para quem não quer gás nem lenha são as lareiras elétricas, que assumem, na verdade, um papel idêntico ao dos aquecedores.
"Elas podem ter um desenho que imita a lenha, emanar uma brisa quente e ser usadas em tomadas de 110 V e 220 V", indica Sheila Souza, da Polytec.
Com cerca de 1.500 W de potência, consomem 45 kW por hora, o que pode custar cerca de R$ 20 no fim do mês, com o cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), segundo a CPFL, uma das distribuidoras de energia em São Paulo.
(MARIA CAROLINA NOMURA)


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