São Paulo, domingo, 07 de junho de 2009

Próximo Texto | Índice

sob medida

Marceneiro tem desenho mais flexível

Antes de contratá-lo, é necessário conhecer seu local de trabalho

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O ambiente -cozinha, quarto, sala- vazio está à espera. O mobiliário desejado para o local ocupa a cabeça do morador. Para materializá-lo, o caminho se bifurca: contratar um marceneiro ou uma loja especializada em móveis planejados?
Problemas -e soluções- aparecem nas duas opções. O marceneiro costuma demorar mais para concluir o trabalho e nem sempre oferece as garantias da loja, mas dá mais espaço para intervenções do cliente.
Em média, seu preço é de 30% a 35% maior que o do móvel de fábrica, mas isso depende muito do padrão da loja.
"O preço [da marcenaria] pode ser menor que o de uma fábrica de modulados. É uma questão de procurar orçamentos", diz Edson Ramos, 41, dono da marcenaria Classe A.
O valor gasto, tanto na marcenaria como na loja, dependerá muito do material escolhido. Quem não abrir mão da madeira investirá mais do que se optar por MDF (aglomerado de madeira com resina) ou compensado (madeira prensada), mas o móvel vai durar mais.
"Trabalhar com madeira é difícil e pede um ferramental específico", aponta Vivian Calissi, dona da Capolavoro, empresa que faz projetos customizados.
"Além dos desenhos, os acabamentos também variam: couro, vidro, laminados, fazer laqueação, aumentar ou diminuir o brilho da madeira", lista.
Ao encomendar móveis na Capolavoro, a advogada Marcia Lopes, 43, buscava "algo clean e elegante". "Não queria nada cheio de detalhes. Encomendando, fica mais fácil acomodar tudo à alvenaria da casa, além de não ser aquela coisa de o módulo da loja ter que se encaixar no espaço que temos", observa.
Outro quesito fundamental ao contratar o marceneiro é o da confiabilidade. O marceneiro Geraldo Dejavite, 47, ressalta a importância de conhecer o local de trabalho do profissional. "Veja se ele tem os instrumentos necessários, se conseguirá fazer os acabamentos como pedidos", ensina.
E os acabamentos costumam ser o calcanhar-de-aquiles dos marceneiros, opina Fernando Martinelli, professor do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Anhembi Morumbi. "Uma marca boa de móveis planejados tem maquinário melhor, o que resulta em acabamento superior", fala.

Contrato
Também é necessário fazer um contrato, lembra Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).
"No documento devem constar valor, modo de pagamento, prazo e modo de execução, prazo de entrega, material utilizado e até o desenho do móvel, para ficar tudo bem claro para ambas as partes", afirma.
Dolci também sugere que o consumidor acompanhe o profissional escolhido na hora das compras. "Assim podem-se saber os tipos de dobradiça e de madeira que serão usados."


Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.