São Paulo, domingo, 10 de março de 2002

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Hobby e manias ganham papel de companheiros

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Arquitetos e decoradores afirmam que um ponto comum entre as pessoas que moram sozinhas é a propensão a colecionar manias.
"É comum eles pedirem que o espaço seja preenchido com hobbies. Tive uma cliente que queria uma minihorta no terraço", conta a arquiteta Débora Aguiar, que lembra de outro que solicitou uma mesa de bilhar.
A arquiteta Cristina Bozian assume que é cheia de manias. "Meus cabides têm de estar todos virados para o mesmo lado, e minhas roupas são separadas por cor." Além do cubo mágico que mantém no criado-mudo, uma pilha de revistas dá apoio à lata de refrigerante, que considera uma parceira indispensável.
A arquiteta Consuelo Jorge lembra que o desejo de um cliente solteiro era ter no seu quarto -que não tem separação do banheiro- uma lareira e um ofurô.
Um "solteirão convicto" radicalizou ao mudar-se para um apartamento novo, conta a arquiteta e decoradora Lilian Melo. "Ele destruiu dois dos três dormitórios, ampliou muito o banheiro, onde colocou uma hidro, e eliminou a parede que o separava do quarto."
Outro cliente de Melo fez questão de ter uma banheira pequena para o cachorro.
Há quem aproveite a solidão não para cultivar manias, mas para conviver com extravagâncias estéticas. Do apartamento com móveis antigos herdados de uma tia, o arquiteto Alexandre Feraiorni destacou uma velha geladeira vermelha. "A idéia era assumir o cafona." (NB)



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