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São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2003

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INTERNET

Cliente troca profissional de "carne e osso" por outro escolhido na rede

Computador substitui o "tête-à-tête" com arquiteto

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em termos de eficiência, nem sempre a comunicação "tête-à-tête" é melhor que a virtual. Da primeira vez em que contratou um profissional para projetar a sua casa, Paulo Brazile Junior, 34, gerente de tecnologia, recorreu a um profissional "de carne e osso".
"Fizemos várias reuniões, mas o projeto não ficou satisfatório. Ele não entendeu o que eu queria", conta Brazile Junior, que foi buscar na internet outro arquiteto. Encontrou-o pessoalmente apenas uma vez, mas se diz satisfeito com os desenhos.
"Em meia hora de conversa, falei como visualizava a casa e mostrei os estilos de que gostava. Depois, mandei por e-mail exemplos de varanda", diz o gerente.
Para os arquitetos, o segredo é ser específico quando for contratar o serviço à distância.
"Mandamos um formulário para o cliente descrever as características do terreno e dizer quais são as suas preferências e o que espera do projeto", enumera o arquiteto Júlio Stocco Neto. "Quando o terreno é acidentado, é bom mandar um corte dele também."
Tudo sem esquecer de listar seus hábitos no dia-a-dia, como reforça José Ricardo Basiches.

De perto
Para André Moral, o cliente não deve ter apenas um remoto controle da obra. "É bom que ele acompanhe o andamento e dê dicas do que gosta. Tira um pouco o peso dos nossos ombros."
A estudante Graziela Erbert, 22, que acompanhou pela internet 90% da elaboração do projeto de sua casa, recomenda também que se deixe o comedimento de lado.
"O segredo é se comunicar bastante e não ter vergonha de mandar quatro e-mails por dia", exagera Erbert, que usou o correio eletrônico para pedir sugestões de acabamento e receber modelos de banheiras, telhado e janelas.
O acesso aos recursos geralmente não requer mais do que um computador conectado à internet. Os arquitetos citados não cobram a mais pelos serviços virtuais. Para viabilizar o gerenciamento pela internet, a Allproject cobra uma taxa mensal de R$ 300 a R$ 500. (BRUNA MARTINS FONTES)


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