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São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2003

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Vidro estilhaça barreiras

Divulgação
A decoradora Brunete Fraccaroli dividiu a área do quarto com serigrafados coloridos



Outrora relegado apenas a janelas, material agora ocupa pisos, escadas e paredes e ajuda a melhorar os confortos acústico e térmico da casa


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Foi-se o tempo em que o vidro ficava apenas espreitando, da janela, o acabamento da casa. Depois de ter ganhado reforços como películas de segurança e que filtram raios solares e cores diferenciadas, curvas e desenhos, as novidades estilhaçam os antigos preconceitos em relação à aplicação em fachadas, pisos, divisórias e até nas paredes.
"A cada dia estão mais interessantes. Há muita variedade de cores; amo o vidro por sua transparência", entusiasma-se a decoradora Brunete Fraccaroli. "Ele é polivalente, adapta-se a tudo e dá um ar contemporâneo", completa o arquiteto Leo Shetman, 46, outro fã do material.
Até o recheio do vidro ganha cada vez mais opções, como persianas ou uma "tela" de cristal líquido que fica opaca quando desligada e transparente quando ligada.

Embaço
O metal se infiltra entre as chapas quando o assunto é privilegiar a estética, como no vidro decorativo com malha metálica, lançamento da Glaverbel.
Ou para evitar o embaçamento da superfície quando há grande diferença de temperatura entre seus dois lados, como em uma janela em clima muito frio.
O material só derrapa um pouco quando o projeto pede curvas. Segundo arquitetos, há poucos fabricantes que fazem vidros assim -um deles é a Temperaito.
O alto custo também turva a motivação em projetos de orçamento mais apertado.
"Enquanto o metro quadrado de um temperado de oito milímetros sai por R$ 150, o de um vidro curvo com a mesma espessura custa R$ 320", calcula Cláudio Homenko, 43, diretor de tecnologia da Temparaito.
Mesmo assim, as sinuosas transparências não ficam de fora das pranchetas. "Uso muito o vidro curvo para intensificar a sensação de amplitude", conta a arquiteta Monica Drucker. "Ele funciona como uma lente de aumento." (BRUNA MARTINS FONTES)


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