|
Texto Anterior | Índice
CASA EM CORES
Para ter bom resultado, é indispensável limpar a parede e corrigir defeitos como manchas e esfarelamento
Umidade e gordura atrapalham pintura
DA REDAÇÃO
Para que a pintura fique com
um bom visual, é preciso corrigir
todos os defeitos da superfície antes de o rolo entrar em ação.
A umidade é o problema que
mais ronda as paredes. "Não
adianta passar tinta sobre manchas e bolhas para escondê-las,
porque em pouco tempo elas voltarão, se o problema não for solucionado", alerta Eder Pereira da
Silva, 34, coordenador de assistência técnica da Suvinil.
Nesse caso, o primeiro passo é
descobrir de onde vem a água.
Onde há pontos de mofo porque
o ambiente é úmido e mal ventilado (como em tetos de banheiro),
basta limpar o local com água sanitária e água.
Mas, se a água vier do solo, seja
do piso ou de paredes em contato
com barrancos e jardins, o processo será bem mais complicado.
A saída é remover não só a pintura mas também o chapisco e o reboco e aplicar produtos impermeabilizantes diretamente na alvenaria.
"O ideal seria tratar todos os cômodos, porque a água que vem
do solo pode migrar para outras
paredes", diz a engenheira Eliene
Ventura da Costa, do departamento técnico da Vedacit/Otto
Baumgart. "Mas depois não pode
quebrar o revestimento para instalar ralos e tomadas. Fragiliza a
impermeabilização."
Sujeira simples
Se a parede só tem manchas de
sujeira ou de gordura, deve ser
limpa com água e detergente. "A
gordura é um repelente das tintas
à base de água", afirma Mateo
Lazzarin, 47, gerente de desenvolvimento da Coral.
Segundo especialistas, nem
sempre é preciso lixar a parede
antes de repintá-la. A lixa só é
obrigatória se ela já tiver sido revestida de tinta com brilho. "Abre
os poros que a resina de produtos
brilhantes fecha", ensina Lazzarin, que indica lixas finas, a partir
do número 400. "Se for grossa, a
parede ficará arranhada."
A lixa também é fundamental
para corrigir "barrigas" na parede, especialmente se a idéia for
aplicar tintas brilhantes e de cores
vivas, que tendem a ressaltar as irregularidades da superfície.
Outro produto que entra em cena para corrigir defeitos é o fundo
preparador, que só deverá ser
usado na repintura se a parede estiver esfarelando ou descascando.
"Ele aglutina partículas que estão
se soltando", diz Arthur Moraes
Gil Filho, 48, gerente da área de
desenvolvimento da Lukscolor.
Nesses casos, deve-se descascar
a superfície (para remover a tinta
ou o reboco que estiverem se soltando), regularizá-la com massa-corrida ou acrílica, esperar a secagem e repintar.
Se o buraco na parede for muito
profundo e tiver mais de 0,5 cm de
espessura, não se deve usar a massa, e sim uma argamassa. O único
problema é que, como a argamassa leva cimento, o reparo leva 30
dias para curar (secar totalmente). "É como se fosse um reboco
novo", completa Gil Filho.
Azulejo pintado
Dar novas cores aos azulejos
não é tarefa complicada. Basta escolher a tinta certa (epóxi, que
adere à superfície lisa) e lavar o revestimento com água e detergente. Se o rejunte tiver mofo, deverá
ser limpo com água sanitária e
água. Defeitos são corrigidos com
argamassa de rejunte.
A aplicação do epóxi também
merece atenção. Primeiro vem
um fundo branco epóxi misturado com um catalisador, que adere
ao azulejo. Depois que ele seca,
aplica-se a tinta epóxi. Quem quiser deixar a parede lisa, sem marca de rejunte, pode nivelá-la com
massa acrílica.
(BMF)
Texto Anterior: Verde-claro e cor escura dão o tom em nova pintura Índice
|