São Paulo, domingo, 20 de novembro de 2005

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CASA EM CORES

Para ter bom resultado, é indispensável limpar a parede e corrigir defeitos como manchas e esfarelamento

Umidade e gordura atrapalham pintura

DA REDAÇÃO

Para que a pintura fique com um bom visual, é preciso corrigir todos os defeitos da superfície antes de o rolo entrar em ação.
A umidade é o problema que mais ronda as paredes. "Não adianta passar tinta sobre manchas e bolhas para escondê-las, porque em pouco tempo elas voltarão, se o problema não for solucionado", alerta Eder Pereira da Silva, 34, coordenador de assistência técnica da Suvinil.
Nesse caso, o primeiro passo é descobrir de onde vem a água. Onde há pontos de mofo porque o ambiente é úmido e mal ventilado (como em tetos de banheiro), basta limpar o local com água sanitária e água.
Mas, se a água vier do solo, seja do piso ou de paredes em contato com barrancos e jardins, o processo será bem mais complicado. A saída é remover não só a pintura mas também o chapisco e o reboco e aplicar produtos impermeabilizantes diretamente na alvenaria.
"O ideal seria tratar todos os cômodos, porque a água que vem do solo pode migrar para outras paredes", diz a engenheira Eliene Ventura da Costa, do departamento técnico da Vedacit/Otto Baumgart. "Mas depois não pode quebrar o revestimento para instalar ralos e tomadas. Fragiliza a impermeabilização."

Sujeira simples
Se a parede só tem manchas de sujeira ou de gordura, deve ser limpa com água e detergente. "A gordura é um repelente das tintas à base de água", afirma Mateo Lazzarin, 47, gerente de desenvolvimento da Coral.
Segundo especialistas, nem sempre é preciso lixar a parede antes de repintá-la. A lixa só é obrigatória se ela já tiver sido revestida de tinta com brilho. "Abre os poros que a resina de produtos brilhantes fecha", ensina Lazzarin, que indica lixas finas, a partir do número 400. "Se for grossa, a parede ficará arranhada."
A lixa também é fundamental para corrigir "barrigas" na parede, especialmente se a idéia for aplicar tintas brilhantes e de cores vivas, que tendem a ressaltar as irregularidades da superfície.
Outro produto que entra em cena para corrigir defeitos é o fundo preparador, que só deverá ser usado na repintura se a parede estiver esfarelando ou descascando. "Ele aglutina partículas que estão se soltando", diz Arthur Moraes Gil Filho, 48, gerente da área de desenvolvimento da Lukscolor.
Nesses casos, deve-se descascar a superfície (para remover a tinta ou o reboco que estiverem se soltando), regularizá-la com massa-corrida ou acrílica, esperar a secagem e repintar.
Se o buraco na parede for muito profundo e tiver mais de 0,5 cm de espessura, não se deve usar a massa, e sim uma argamassa. O único problema é que, como a argamassa leva cimento, o reparo leva 30 dias para curar (secar totalmente). "É como se fosse um reboco novo", completa Gil Filho.

Azulejo pintado
Dar novas cores aos azulejos não é tarefa complicada. Basta escolher a tinta certa (epóxi, que adere à superfície lisa) e lavar o revestimento com água e detergente. Se o rejunte tiver mofo, deverá ser limpo com água sanitária e água. Defeitos são corrigidos com argamassa de rejunte.
A aplicação do epóxi também merece atenção. Primeiro vem um fundo branco epóxi misturado com um catalisador, que adere ao azulejo. Depois que ele seca, aplica-se a tinta epóxi. Quem quiser deixar a parede lisa, sem marca de rejunte, pode nivelá-la com massa acrílica. (BMF)


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