São Paulo, domingo, 21 de maio de 2006

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IPI menor não alivia orçamento

Redução do imposto de materiais deixa a obra só 1,4% mais barata

BRUNA MARTINS
EDITORA-ASSISTENTE DE CONSTRUÇÃO E IMÓVEIS

Reformar o banheiro e a cozinha ficou mais barato, mas nem todos os preços caíram depois de o governo reduzir, em fevereiro, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de 23 materiais de construção.
É o que mostra cálculo da Folha sobre pesquisas da Editora Pini, feitas nos dias 24 de janeiro e 17 de abril, na região metropolitana de São Paulo.
A desoneração do imposto, de cinco ou sete pontos percentuais, deixou mais baratos plásticos e cerâmicas. Entre os itens com as maiores reduções estão os usados no banheiro e na cozinha. O campeão foi o registro de gaveta (14,1% mais barato).
As louças sanitárias se destacam, com 3 das 9 maiores quedas. Uma razão é a dupla desoneração, já que, em São Paulo, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) delas caiu de 18% para 12% em fevereiro.
Em alguns setores, porém, pagar menos imposto não foi suficiente para que o preço caísse. Especialmente os de produtos metálicos e de fios elétricos, que têm em comum o cobre na composição _matéria-prima que sofre com sucessivos aumentos e, de janeiro a maio, ficou 65% mais cara.
Colocando tudo na balança, economiza-se apenas 1,4% do valor total da obra, segundo o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).
Colaboraram Marlene Peret e Mariana Iwakura



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