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Ao gosto do piloto
Dos a lenha aos mais tecnológicos, modelos de forno e fogão custam de R$ 300 a R$ 30 mil
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Forno e fogão formaram
um casal inseparável por muito tempo. Mas, nos novos projetos de cozinha, eles estão
separados -e os modelos trilham diversos caminhos.
A escolha é determinada pelas necessidades do "piloto"
-e pela disponibilidade de seu
bolso, já que as opções vão de
R$ 300 a mais de R$ 30 mil,
desde as básicas até as de última geração.
Como a cozinha passou a ser
uma área de convivência integrada à sala, os fabricantes
adequaram os produtos ao estilo de vida. Eles têm design e
tecnologias que facilitam o
preparo dos pratos e a higienização dos equipamentos.
O chef Christopher Besse,
do restaurante All Seasons,
que aprendeu a cozinhar num
"cooktop" (fogão de mesa) vitrocerâmico -as bocas ficam
numa placa de vidro e cerâmica-, diz não se imaginar "pilotando" fogões convencionais.
"É o mesmo que dirigir um
carro com direção hidráulica e
voltar ao modelo mecânico",
compara Besse. Ele comenta
que, como os fogões, os fornos
atuais possuem regulador de
temperatura precisa. "Com esse recurso, jamais um bolo vai
crescer mais de um lado que do
outro", explica.
Mas, se a praticidade e o desempenho ficam ao gosto do
"motorista", tanto o estilo retrô
como o "high-tech" são tendência na cozinha gourmet.
Fogão a lenha
O prazer do chef Sérgio Arno
é o fogão a lenha. Na comparação com o automobilismo, esse
tipo de fogão está mais para veículo de passeio que de corrida.
"O fogão a lenha é mais lento
que os convencionais, mas ao
mesmo tempo é mais divertido.
É um programa para reunir os
amigos em casa e preparar um
prato sem hora marcada para
ficar pronto", declara Arno.
Para entrar nas novas cozinhas, ele foi modernizado: passou a ser feito de blocos de concreto refratário, isolantes, e peças de ferro fundido.
A tecnologia também vem
embutida no preço. Um modelo desses só é entregue depois
de seis semanas do pedido, com
custo a partir de R$ 7.000.
Arno arremata que forno e
fogão não podem ser apenas
bonitos; o principal é serem
adequados aos hábitos e à mesa
-ou ao cockpit- do dono.
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