São Paulo, domingo, 24 de novembro de 2002

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ATUALIZAÇÃO

Paredes de gesso acartonado, tubulação hidráulica Pex e sistema de aquecimento solar são adaptáveis a qualquer residência, sem restrições de idade, desde que sejam feitas algumas adaptações

Casas velhas recebem novas tecnologias

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Que é bom ter o que há de mais moderno em casa todo mundo sabe, resta avaliar se a idade do imóvel aceita novos materiais e se o bolso suporta bancá-los.
A Folha checou com especialistas e empresas do ramo se é viável implantar três tecnologias na reforma: a tubulação hidráulica flexível Pex, as paredes de gesso acartonado -conhecidas por "dry wall"- e o mais "velhinho", porém atualíssimo, sistema de aquecimento solar.
Quem vai acrescentar o aparelho nas contas da reforma deve verificar se as condições da construção são favoráveis para o seu funcionamento. Dois itens a serem observados são a existência de um aquecedor central e se o tamanho do boiler é compatível.
"Geralmente não é, pois o sistema solar precisa de volume maior que os outros", avisa Sérgio Vasconcelos, 34, coordenador do departamento de engenharia da Soletrol, empresa do ramo.
Segundo ele, um kit que inclui coletor e reservatório sai por cerca de R$ 2.000. A mão-de-obra para instalação mais o adaptador custam em torno de R$ 250.

Pelos canos
Menos conhecido, o Pex é um sistema de tubulação flexível por onde corre a água que abastece a residência. A arquiteta Cristina Ferreira, 44, optou pelo sistema devido à rapidez de instalação e à praticidade de manutenção. No caso de vazamento não há quebra-quebra nas paredes, mas troca das mangueiras pelo "shaft" -painel com tubulação exposta.
"Em uma reforma a junção com outros sistemas é feita com rosca, sem problemas", diz Miguel Bazan, 44, encarregado de desenvolvimento de negócios da Astra.
A Sanhidrel, companhia especialista em instalações hidráulicas calculou os preços para uma residência de 123 m2 com quatro banheiros, cozinha e lavanderia.
De acordo com a empresa, a parte hidráulica em Pex custaria cerca de R$ 2.714 e demoraria 76 horas para ser concluída. Se feita com PVC e cobre, o preço total ficaria em torno de R$ 1.669, e a obra levaria 97 horas.
De rápida instalação, as paredes de gesso acartonado já ocupam as divisórias das casas. Na reforma da sua residência, o arquiteto Toninho Noronha, 56, não hesitou em tapar os espaços que antes eram portas com o "dry wall".
Já o arquiteto Luiz Bloch, 56, instalou o gesso acartonado no teto como solução para o desempenho acústico do apartamento. "Os tamancos das vizinhas de cima incomodavam", conta.
Segundo a Addor Consultoria, especializada no assunto, uma parede de blocos cerâmicos revestida custa de R$ 30 a R$ 40, por m2. Já a de "dry wall" varia de R$ 30 a R$ 60. (ANDREA MIRAMONTES)


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